sexta-feira, 8 de junho de 2012
Editorial da Revista Personnalitè
O
ano de 2010 veio com o entusiasmo que inspirou o lançamento da primeira edição
da Revista Personnalitè. Sem dúvidas, a aceitação muito positiva do público não
poderia ter sido melhor. É com esse espírito de sucesso que nossa equipe tem a
satisfação de lançar comemorando este segundo númeroe os 170 anos de Vitória da
Conquista.
De
fato, essa festa é nossa e de toda a sociedade, inclusive dos novos ‘conquistenses’
que por aqui escolheram morar e se desenvolver na oitava cidade que mais cresce
no nordeste. Seguimentos que se destacaram
e propiciaram uma ascensão conjunta ao município, como a pecuária e
agricultura, hoje fazem parte do leque econômico que Vitória da Conquista possui.
O comércio forte e um setor imobiliário que não para de se expandir, traduz a
prosperidade. A educação e a saúde são hoje referências no estado. A
Personnalitè parabeniza a todos que fizeram e fazem desta cidade um lugar
peculiar de se viver.
Por
isso, nesta edição o leitor vai conhecer personalidades e profissionais que
fazem a diferença neste cenário social. Afinal, para que uma cidade como a
nossa seja reconhecida como sinônimo de desenvolvimento, tem muita gente
especializada trabalhando para mostrar o que mais sabe fazer.
O
fim do ano se aproxima e o Verão chega com antecedência para renovar os ânimos,
carregar as energias para o trabalho e as festas do Natal e Ano Novo.
Boa leitura!
ELCLIN
Enxergar: mais do que “ver”, é viver.
Hospital
de Olhos Elclin, há 30 anos cuidando de sua visão
180 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a OMS (Organização
Mundial da Saúde), apresentam algum tipo de deficiência visual, e no Brasil,
70% têm baixa visão ou são cegas (IBGE). As causas mais comuns de limitação da
visão são catarata, glaucoma, retinoplastia diabética, trauma ocular, e 50% das
causas são por conta dos defeitos refrativos: miopia (não enxerga de longe),
hipermetropia (não enxerga de perto) e astigmatismo (não enxerga nem longe e
nem perto). Felizmente a tecnologia em tratamentos e curas na oftalmologia traz
muitos ganhos, com diferentes intervenções cirúrgicas. A cirurgia a laser é um seguro
e personalizado procedimento, eficaz para corrigir com precisão esses defeitos
refrativos sem cortes e com rápida recuperação.
E no que se
diz em avanço e pioneirismo, a Clínica Elclin se destaca como um dos principais
centros oftalmológicos da Bahia, sendo a pioneira com a cirurgia a laser. Dr.
Eusinio Lavigne e Dra. Dilma Fernandes, à frente do Hospital de Olhos, compõem
uma equipe de excelentes médicos, altamente qualificados e preparados para
atender com excelência e realizar cirurgias de vários portes. Há mais de 30
anos em Ilhéus, a Elclin preza pela qualidade de atendimento, e com estrutura
diferenciada para cadeirantes, amplos consultórios, equipamentos de alta
tecnologia, salas de exames e um centro cirúrgico de ponta, atende toda a
macrorregião com todos os planos de saúde, na busca de oferecer ao seu paciente
conforto e o que há de melhor em assistência humanizada.
Para quem não
sabe, a catarata é a maior causa de cegueira reversível do mundo, surgindo
devido à opacificação gradual da lente do olho, chamado ‘cristalino’. O
envelhecimento do cristalino geralmente começa a partir dos 65 anos de idade, o
que gera bastante desconforto visual. Na cirurgia de catarata, o paciente
recebe alta no mesmo dia, retornando para casa com visão plena. Via ultra-som, a
cirurgia não dói, e substitui a lente natural envelhecida do olho por outra
artificial, com micro-incisão de apenas 1.8 mm , enquanto em outras clínicas esse corte
chega a 2.8 mm .
O Glaucoma por sua vez, é considerado o ‘ladrão’ da visão, sendo uma doença
crônica, genética e pode atingir pessoas com idade superior a 40 anos, como diabéticos,
afrodescentes e que fizeram uso de esteróides ou cortisona por muito tempo.
Porém, tratamentos a base de colírios podem controlar, ou intervenções a laser e
cirúrgicas são recorridas em casos mais urgentes. “É importante que o paciente
siga todas as recomendações médicas para que sua visão não corra riscos no
futuro, mesmo que aparente um quadro de visão excelente, muitos cuidados são
necessários após qualquer cirurgia”, alerta a administradora Luzânia Borges.
O Hospital de
Olhos Elclin também oferece tratamento de presbiopia. A anomalia aparece geralmente
após os 40 anos, quando a pessoa começa a apresentar dificuldades para enxergar
de perto, é conhecida como “vista cansada”. Daí a importância de consultar
regularmente o seu oftalmologista. Diagnosticar com antecipação é fundamental
para um tratamento adequado, sem que sua visão esteja altamente comprometida. Prevenir
o aparecimento de doenças da visão é importante, principalmente nas crianças,
que devem ser submetidas ao teste de acuidade visual na fase de escolarização. É
nesse sentido que a Elclin desde já se preocupa no atendimento infantil,
através do Hospital Pediátrico com tratamentos específicos para crianças.
Conhecida
internacionalmente, não é à toa que o Hospital de Olhos Elclin é reconhecido dentro
e fora do Brasil. Tendo operado celebridades, como o ex-capitão da seleção
Italiana de futebol (1982), Cláudio Gentile, bem como estrangeiros (americanos
e europeus), personalidades de renomes, como promotores, juízes, médicos e
celebridades regionais, Dr. Eusínio Lavigne sempre investe na atualização de
sua equipe médica, através de cursos e congressos para aprimorar cada vez mais
a prática da medicina. “É um Hospital de diagnóstico, realizamos todos os exames
oftalmológicos. Com uma equipe médica de dez especialistas capacitados, a
Elclin reúne 40 funcionários diretos e 20 indiretos, para atender com a qualidade
e respeito que nossos pacientes merecem”, define a administradora Luzânia
Borges.
Equipe
Médica
Dr.
Eusinio Lavigne, Diretor, especialista em Cirurgia Refrativa
e Cirurgia de Catarata com Micro-incisão.
Dra.
Dilma Fernandes, Diretora, atendimento infantil e terceira
idade, exames pré-operatórios.
Dr. Eduardo
Beródia, Cirurgião Oftalmológico especialista
em Cirurgia
Refrativa e Cirurgia de Catarata
Dr. Carlos Argolo, atendimento a pessoas da melhor idade e exames
pré-operatórios
Dra. Flaviane
Espírito Santo atendimento infantil e
terceira idade, exames pré-operatórios
Dr. Raimundo Pina, atendimento SUS
Dra. Ianina
Torres, atendimento SUS
Dra. Angêlica
Sampaio, especialista em Cirurgia Refrativa
e Córnea (UNIFESP)
Dr. Pacheco, Cirurgião plástico de pálpebra
Dr. Renato, fisioterapeuta ocular
Dr. Paulo Medauar, anestesista, título superior de anestesia (TSA)
Entrevista com João Omar de Carvalho Mello
Filho do sertão de Vitória da
Conquista, João Omar de Carvalho Mello, além de seus trabalhos musicais - já
experimentados por certo público conquistense, também está desenvolvendo
atividades sociais e políticas, ligadas ao âmbito cultural. João acaba por integrar
uma fusão nos seus exercícios: de um lado, a linha artística - aperfeiçoada por
sua graduação em Composição e Regência (1995), e mestrado em Regência Orquestral ,
pela Universidade Federal da Bahia, em Salvador; do outro, o exercício
sociopolítico praticado na Coordenação de Cultura da Secretaria da Prefeitura
Municipal, e do trabalho voluntário realizado na Casa do Ponto de Cultura da
cidade. Essa mescla resulta na próxima gravação de um disco, projetos culturais
com ações sociais e uma entrevista exclusiva, reflexo de um diálogo que costura
música, cultura, nostalgias, cinema e ações políticas.
A CONQUISTA - Por você ser filho
de Elomar Figueira, costuma-se fazer uma relação direta de sua profissão com o
sucesso de seu pai. Enquanto músico, como lida com isso?
João Omar - É simples. Dizem que
determinados tipos de artistas ficam à sombra dos seus pais. Costumo dizer que
fico na luz dele. Tenho influencia dele, de professores, de Vila Lobos... Não
adianta ser um intérprete se você não tem um repertório que venha condizer com
o que sente e com o que você é. Acho suas idéias muito interessantes, fortes, e
até radicais às vezes. Mas isso faz parte de sua figura, desse personagem que
ele representa para a história da cidade.Meu pai mora no fundo do sertão profundo
e não grava há 25 anos. Estou aqui no miolo da cidade, então o que faço? Não
gravar também? Não é bem assim... (risos). A questão é mais estética, de
formação. Por isso, ser filho dele, não atrapalha em nada.
A CONQUISTA- Está desenvolvendo
algum novo projeto musical a ser lançado como disco?
João Omar - Pretendo lançar o
mais breve possível um disco interpretando solos de violão de meu pai. “João
Omar interpreta obra, violão e música de Elomar”. A previsão é para o início do
ano que vem. Estou fazendo também uma pesquisa de choro, forró e samba, que é
dentro duma linguagem especificamente violonística. O nosso nordeste é a nossa
porte identidade. Ao contrário do que o universalismo urbano propõe, gosto de
trabalhar essa identidade.
Estamos com tantos projetos...
Tem o “Ares Botano”, “Os Sertões”, que é do grupo música e literatura,
“Confissões”, uma espécie de trilha sonora, relacionada a reeducação do olhar e
do ouvir... Gravar autores como Vila Lobos, autores clássicos da música
erudita, renascentista, também são outras vontades.
A CONQUISTA - Em 2007, você
lançou o Cd “Corda Bamba”, que também contou com a participação especial de
Armandinho e de composições de outros músicos. Como se deu a trajetória dessa
produção?
João Omar- Quando fiz “Os
Sertões”, uma apresentação com Elton Becker, tive que alinhar vários músicos,
finalizar arranjos e montar algumas composições minhas. Estar dirigindo e
concebendo repertório, me impulsionou a gravar um Cd com amigos, uma espécie de
cartão de visita, de forma bem espontânea, a fim de mostrar parte de um
trabalho que eu já vinha fazendo. O nome do disco, “Corda Bamba”, saiu por um
acaso, que tinha um samba sem nome. Contactei uma produtora em Salvador e
coloquei a idéia no edital da Petrobras, foi aprovada.
Nessa época eu já pensava em
gravar solos de violão de meu pai, mas preferi gravar um disco tendo eu como
músico, o meu trabalho. Acho que as pessoas rotulariam muito, eu como filho de
Elomar gravando as obras dele. Para evitar que essas rotulações viessem a
incomodar, fiz esse trabalho primeiro. Ter um disco é uma espécie de status, mas
necessário, dá visibilidade.
A CONQUISTA - Por trabalhar com
música erudita, suas canções resultam numa combinação de alguns instrumentos. O
que pensa a respeito de introduzir o elemento da voz nas músicas?
João Omar- Eu também canto.
Cantar é difícil, acho que é uma exposição muito direta e forte. Meu pai me
colocou para cantar numa faixa do disco dele que eu acho terrível. É uma
questão de prática, de sentimento e vontade também. Penso em gravar... Tem
músicas que combinam com minha voz. Componho música com letra, já musiquei
textos para peças de teatro, volta e meia, um amigo ou outro, faz uma parceria.
A CONQUISTA - Já que teve uma
formação musical diferenciada dos moldes “artísticos” da mídia, o que teria a
dizer sobre as músicas comerciais?
João Omar- As pessoas estão muito
preocupadas apenas com esse aspecto comercial, refletido em muitas das músicas
que estão aí rolando - que enganam uma grande parte da população. Eu não
considero que isso seja arte não. Com certeza não é arte, é um produto. Agora,
existe música, que é de fato uma música feita com arte, esmerada com cuidado,
com todos os qualitativos necessários para que ela seja expressão do ser
humano. Agora, enquanto é apenas a sobrevivência, apenas alguém que quer ganhar
dinheiro... Não acho que seja arte, não.
A CONQUISTA - Você não
consideraria isso como cultura popular não?
João Omar- Não. Talvez “pra
pular”. Agora, “popular”, tem que ser uma coisa muito mais autêntica para ser
considerada uma cultura popular. Porque eu acho que a cultura é de massa. E não
considero cultura popular como cultura de massa. Massificar uma coisa teria uma
conotação de desgaste dessa coisa. É como massificar a quinta sinfonia de
Beethoven. Pra mim, a cultura de massa, de massificação, é a cultura de
alienação, domínio de mercado, onde tudo é muito direcionado e meticulosamente
estudado para se ganhar dinheiro, e aí, acaba-se caindo na malha do comércio. E
isso, eu não consigo entender que seja arte.
A CONQUISTA - Conte-nos um pouco
da sua história como músico... Alguma fase da sua vida que tenha sido
importante ao ponto de ser lembrada?
João Omar- Encontros com
repentistas do nordeste foram marcantes para determinar o que a alma nordestina
me diz muito claramente, muito forte. Acho que manter contato com a cultura
deles, como Ivanildo Vila Nova, Jacinto Silva, Geraldo Amâncio, Oliveira de
Panelas, conseguiu, de uma forma espontânea, me musicalizar. O aboio dos
vaqueiros... Toda minha convivência na fazenda, nos contatos com esses cantos,
foram decisivos para minha formação.
O contato com a faculdade, quando
você entra e trabalha música universal, que não tem fronteiras, conhecendo
vários estilos; a Escola contemporânea, quando a grande revolução dos estilos,
a consciência artística, do tempo, da questão de artista e contexto, acontecem,
é chocante. Muitas pessoas não ligam pra isso, elas simplesmente vivem e
produzem, e a vida vai acontecendo...
A influencia artística é forte, e
talvez filosófica também. Porque a gente tinha em todos os domingos,
verdadeiros colóquios filosóficos, sempre ouvindo muita música erudita.
Engraçado, essa formação assim foi decisiva.
A CONQUISTA - Além de Coordenador
de Cultura aqui em Vitória da Conquista, também atua como voluntário no Ponto
de Cultura, da Casa de Cultura. Quais trabalhos você tem desenvolvido nas
coordenações?
João Omar- O papel de uma Secretaria
de Cultura é respaldar as classes artísticas, a garantir para a população,
atividades incorporadas no calendário da cidade, e permitir que várias outras
instituições realizem também suas atividades culturais. “Permitir” no sentido
de apoiar, regularizar e dar auxílio. No caso, reconhecemos os valores locais e
estruturamos formatos que possam ser potencializados para serem visíveis e
reconhecidos pela própria sociedade local. Nisso, variam os mecanismos e as
formas.
Na realidade, existem dois
projetos que estão sendo inaugurados agora. Um é o “Tom da Terça”, para
valorizar o músico local, com apresentações todas as terças-feiras na Praça
Nove de Novembro. O projeto “Fechando o Beco”, como o próprio nome já sugere,
consiste em fechar uma rua, um beco, e desenvolver várias atividades
artísticas, não priorizando apenas a música, como também atividades circenses,
teatro, literatura... Ter esse espaço de convivência e de exposição em rua de
objetos culturais, é o que estamos buscando, de modo que corresponda a uma
demanda que eu acho que ainda falta aqui na cidade.
O “Domingo por Encantos”, por
exemplo, é um projeto que atua em bairros periféricos através de arte, cultura,
programas de saúde e atividades das redes de atenção, do desenvolvimento
social. É como se fosse uma espécie de mutirão que une as secretarias para
potencializar as atividades nos bairros.
O “Por isso é que eu canto”, é um
programa de calouros que até o final do ano estará acontecendo, que de vez em
quando, revela pessoas que cantam muito bem, indo pra o âmbito profissional.
A CONQUISTA - Como tem sido o
trabalho desenvolvido do Cine Seis e Meia na Casa de Teatro Carlos Jeová? Qual
importância e que leitura você atribui ao cinema hoje na contemporaneidade,
enquanto um instrumento capaz de formar visões de mundo?
João Omar- No Cine Seis e Meia
mostramos filmes de produção nacional que estão bem fora de circulação. É um
projeto que acontece desde o início 2008 e se conduz através dos critérios de
exibição audiovisual, pelo programa “Cine + Cultura”, do Ministério da Cultura,
aqui na cidade, com entrada franca na Casa de Teatro Carlos Jeová. Tem como
objetivo a valorização do cinema nacional, que tem ganhado cada vez mais
espaço.
Por outro lado, ainda é
insuficiente, devido a confecção ser muito difícil e a formação de platéia. Sou
extremamente crítico, não tenho medo de qualquer “represália” tanto por parte
de músicos, cineastas, ou do que qualquer que seja.
O cinema vive um glamour tardio,
em termos de eventos e acontecimentos. Ele é vítima dos meios de difusão, que
não permitiram uma formação artística, partindo dos berços familiares da
televisão e das grandes redes. Esses meios não propunham, não pensam, e nem
sequer têm um compromisso nesse sentido, se não o compromisso de fato
comercial, o que acho indubitável.
O cinema contemporâneo, a meu
ver, tem produções fantásticas e magníficas, completamente desconhecidas,
enquanto que outras vivem no glamour, numa espécie de “Hollywood do terceiro
mundo”. Não gosto muito dessa idéia, e isso me incomoda em parte. Logo o cinema,
que depende de tantas pessoas para se realizar. É o mesmo que você estar com
uma orquestra gigantesca e o mérito ficar somente na figura do maestro.
A CONQUISTA - Como avalia os
artistas locais e de que forma enxerga as produções culturais daqui de Vitória
da Conquista?
João Omar- Temos pessoas com um
nível que pode estar exportando para outros lugares. Artistas plásticos que
podem participar de salões tanto estaduais, quanto nacionais. Acho que temos
músicos muito habilidosos, que podem representar mesmo a cultura local, com o
próprio trabalho.
Temos algumas expressões que
estão se destacando. No bairro Brasil, por exemplo, existem inúmero grupos musicais,
na maioria de hiphop. Queremos valorizar esses artistas, fazendo com que eles
integrem mais as atividades. Ou seja, incluir pessoas que queiram fazer um
trabalho com compromisso.
Existem inúmeras carências em
relação a espaço e infra-estrutura, que precisa de condições mínimas de
capacitação técnica para o desenvolvimento de eventos. Falta desenvolver mais
nesse sentido estrutural.
Mas, temos que reconhecer que na
cidade a cultura acontece. Realmente é importante dar uma visibilidade à isso
para que as pessoas possam reconhecer e participar mais. Temos a Mostra de
Cinema em outubro, O Festival de Música da Uesb, o aniversário da cidade, Natal
da Cidade, Conquista Criança...
A CONQUISTA - Em sua opinião, de que forma as produções
culturais poderão ser vislumbradas daqui a certo tempo?
João Omar- O que de mais
interessante acho que está acontecendo no Brasil, e que é refletido nos
municípios, é o Sistema Nacional de Cultura. Ele visa uma organização alinhada
de todas as cidades do país para relações e comunicação rápidas e claras, com
um fluxo de distribuição de verbas lúcido e mais democrático. Essa parte
política, com a centralização dos recursos, ajudará no primeiro encontro de
Pontos de Cultura Teia de Vitória da Conquista, a fim de mobilizar e
conscientizar as pessoas para o entendimento dessas políticas. Por meio das
verbas locais, poderemos desenvolver editais de audiovisual, literatura, artes
cênicas, artes plásticas etc. Vai haver uma mudança substancial, acho que
talvez a grande novidade. É mais importante do que ficarmos procurando criar
eventos. Queremos potencializar as pessoas para que elas desenvolvam seus
próprios trabalhos e criem seus próprios eventos.
Obras ampliam estrutura da UESB
Depois de sete meses aprovadas, as obras na Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia saem do papel orçamentário e viram realidade
Iniciadas em
22 de julho, as obras na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, que
abrangem os três campi, Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga, podem sofrer
atrasos e se estender até o final deste ano. “A obra não está avançada e talvez
não consigamos concluir no calendário previsto”, explica a Assessora de Obras e
Projetos da Universidade, Eluzilândia Teixeira. Os recursos são provenientes do
Ministério da Educação (MEC) e, também, por parte do Governo do Estado.
De acordo com
informações do Reitor da Universidade, Abel Rebouças, e da Assessora de Obras, o
orçamento foi aprovado no final do ano passado, mas as verbas não foram
liberadas de imediato pelo Governo do Estado para que as obras começassem desde
o início do ano, como deveriam acontecer. “Infelizmente em função de uma crise
que abalou a economia da Bahia, e que o Governo acabou repassando para as
universidades, ficamos impedidos de iniciar essas obras em Janeiro, no período
de recesso”, lamentou o Reitor.
A primeira
fase de obras, já iniciada, resulta de recursos diretos do MEC, e é voltada
para a implantação da pavimentação asfáltica, devendo ser concluída até o final
desse mês. Segundo o Reitor da Universidade, Abel Rebouças, “essas obras que
tiveram captação de recursos fora do orçamento da universidade, avançaram”. As
construções e reformas que dependiam da verba do Governo do Estado, foram
liberadas recentemente e só agora puderam ser reiniciadas. No entanto, ainda
não são suficientes para complementar o orçamento. “Temos pelo menos 10 obras
em andamento até o final deste ano”, salienta o Reitor, e acrescenta, “estamos
buscando outros recursos junto a outros ministérios, a bancos e outras
instituições”.
A segunda fase
já em andamento, consiste na construção de sarjetas (guias para águas de
chuvas), e deverá ser concluída também até o fim do ano, de acordo com a
Assessora de Obras, Eluzilândia Teixeira.
Além da
pavimentação asfáltica e a construção das sarjetas, os três campi passarão por
reformas e ampliações. No campus de Vitória da Conquista, será feita a segunda
etapa da Residência Universitária, a construção do módulo do curso de
Engenharia Florestal, do módulo de salas de aula, fábrica de doces e biscoitos
(recursos via emendas parlamentares por meio de projeto) e também a pintura nos
prédios acadêmicos. No campus de Jequié, será construído o restaurante
universitário, a sala de esterilização do curso de Odontologia e pequenas
reformas nos laboratórios. Já na Uesb de Itapetinga, os cursos de Engenharia Ambiental
e Química, ganharão um novo módulo acadêmico, além da conclusão do módulo do
Cedetec.
Alguns
estudantes têm se queixado quanto ao acesso aos ônibus dentro da universidade -
principalmente em períodos de chuvas -, e em conciliar as aulas com as obras.
Para a estudante do VIII semestre de Direito, Ana Carolina Sanches, “ficou desorganizado
o período da reforma, que coincidiu com o início das aulas, isso atrapalha um
pouco”. No entanto, Carolina reconhece os benefícios que a universidade receberá
com as obras.
A Assessora de
Obras e Projetos, Eluzilândia Teixeira, informou que 70% dos ônibus estão tendo
acesso à universidade, fazendo o trajeto de ida e volta dentro do campus na via
principal, com estacionamento próximo aos módulos 1 e 2. Os demais ônibus, ficam
na parte externa da universidade até que as obras sejam concluídas.
Artigo publicado gera discussão sobre a TVE UESB
Texto polêmico
sobre o Sistema Universitário de Rádio e Televisão Educativas da Universidade pode
estimular debate a respeito da TVE Uesb, canal nº. 4
Um artigo
publicado recentemente em veículos de comunicação onlines de Vitória da Conquista, com título, “Debatendo a Comunicação
na Uesb”, do professor do curso de Comunicação Social, Dirceu Góes, discute a
respeito do Sistema Universitário de
Rádio e Televisão Educativas da Universidade, o SURTE. A polêmica abre
espaço para discussões sobre as TV's universitárias e provoca reflexões sobre o
papel social da TVE Uesb, enquanto veículo de caráter público com deveres democráticos.
Segundo consta
no artigo, a recente saída da Portaria nº 1094, de 1º de julho desse ano,
assinada pelo vice-reitor da Uesb, Rui Macedo, nomeia o professor Francis José
Pereira a exercer o cargo de Assessor Geral do Sistema de Comunicação, para
responder também como Diretor do Sistema de Rádio e Televisão Educativas da Universidade.
Posto que, a portaria tem caráter retroativo de 10 meses, tempo em que o
nomeado já exercia função, desde 1º de setembro de 2008.
O autor do
artigo, Dirceu Góes, também conselheiro do SURTE, já foi o diretor de
jornalismo da TVE Uesb, através do convite que Francis Pereira, o então
nomeado, o fez quando assumiu a Direção da TVE Uesb, segundo relata, em
entrevista, o Presidente Deliberativo do SURTE e Pró-reitor de Extensão da Uesb,
Paulo Sérgio.
Em seu texto, o
professor Dirceu Góes questiona as atribuições do cargo de “Assessor Geral do
Sistema de Comunicação”, “que não tem tempo para gerir e motivação em
representar o Sistema de Rádio e Televisão Educativas da Universidade”, ao argumentar
que a portaria retroativa reveste-se de “dissimulação e de um propósito em
adulterar a personalidade da TV e da Rádio”. Além disso, Góes cita a resolução
do Conselho Superior de Ensino, o CONSU, instância máxima da Universidade, e em
entrevista torna a sustentar, que “o professor Francis não desempenhou aquelas
funções cabíveis ao diretor, conforme previsto na resolução”. Salienta também
em seu artigo as atividades, executiva (publicitária), do então nomeado, como
empecilhos para exercer as competências do ofício. Para Góes, a portaria reduz “sua
amplitude pública para uma condição de assessoria específica, meramente
institucional”, referindo-se à TV e a Rádio da Uesb.
De acordo com o
pró-reitor e presidente do SURTE, Paulo Sérgio, “para regulamentar uma situação
que estava vaga, solicitei a portaria do reitor” e, “então o professor Francis
foi convidado pela Reitoria para ocupar o cargo”, conta. O mesmo reconhece as
dificuldades para administrar os cargos na universidade, mas discorda do
artigo, “são denúncias precipitadas, a meu ver, inverídicas na maioria das
colocações”.
Segundo o
parecer jurídico do auditor fiscal da Receita Federal e professor de direito da
Uesb, Sr. Marcelo Machado, “o ato em si é legal, foi praticado por um agente
político competente, utilizando-se de um instrumento adequado que é a portaria”,
e deixa claro, “não percebi uma ilegalidade manifesta por tal portaria”. Por
outro lado, pode o assessor exercer atividades de executivo? Para Machado, “isso
é uma controvérsia. Acho que não deve ser atribuído ao assessor desenvolver
atividades executivas”.
O pró-reitor,
Paulo Sérgio, explica que “desde setembro (do ano passado) o professor Francis
está com a incumbência de administrar o SURTE. Ele estava acumulando inclusive
duas outras funções: a assessoria de comunicação e a televisão”. Na opinião de
Machado, “é extravagante atribuir competência executiva àquele que foi nomeado
como assessor, dá margem para abusos”. Porém, é uma questão que “deve ser
analisada no concreto, em casos a serem devidamente demonstrados e comprovados”.
Para Machado, a portaria não contraria a resolução do CONSU, citada no artigo,
porque “não é o papel dela vedar o procedimento, e sim regulamentar”.
A fim de clarear
alguns pontos pautados no artigo, nossa equipe buscou ouvir as possíveis
colocações que o professor Francis José Pereira teria a fazer. Mas o assessor
não quis ceder entrevista. O Sr. Paulo Sérgio afirma que “houve problemas, que estou
considerando particulares, conjunturais”, referindo-se aos professores Francis
e Dirceu (que desde o mês de maio desse ano, então diretor de jornalismo da TVE
Uesb, não exerce mais o cargo).
Segundo Dirceu
Góes, o real motivo que o levou a sair da TVE Uesb, se deve “a desilusão com a
estratégia de condução da qual eu discordo. Por exemplo, como é que o núcleo de
produção de programas pode nascer dentro de uma assessoria de comunicação, e não
dentro da própria televisão?”.
TV pública e universidade
“É necessário
discutir conceitualmente o que vem a ser uma Televisão Pública”, esse é o
parecer do coordenador e professor de Jornalismo da Uesb, e também conselheiro
do SURTE, José Duarte. “Se fosse esperar pela conceituação, a Televisão não
estaria no ar, e nós iríamos perder a concessão”, referindo-se à TVE da
universidade. “Eu acho que tem alguns problemas. Certos programas que estão no
ar... Não têm que copiar o modelo da televisão comercial”, opina o coordenador.
Para o
estudante de Comunicação da Uesb, e representante regional da ENECOS (Executiva
Nacional dos Estudantes de Comunicação Social), Paulo Maurício, a composição do
SURTE, “não se apresenta muito democrática, visto que só há uma cadeira para um
movimento ou organização social, mesmo assim, é de indicação do reitor. Os
estudantes, também, só têm direito a um voto neste conselho”.
Para uma orientação
mais clara do que venha a ser uma TV pública e universitária, o fundador e
Presidente da Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU), Cláudio
Márcio Magalhães, em artigo publicado, explica que a Tv pública, “sem fins
lucrativos, com mecanismos de participação e fiscalização social, volte-se para
a promoção da educação, cultura e cidadania, para a melhoria da qualidade de
vida da sua comunidade, para a democratização da informação e do conhecimento,
que encare a necessidade da grande parcela da população - assim como as
carências de apenas um - como se fosse de todos”.
Em opinião sobre
a TV universitária, a ex-estudante da Uesb, formada em Comunicação, Morgana
Gomes, entende que “se uma determinada instituição se sente dona dela, cai-se
num vício típico dos jogos de poder. Acho que a gestão destes aparelhos deve
ter um caráter coletivo. A Comunicação e a Política andam mais juntas do que se
supõe. A sociedade deve reivindicar o seu espaço na TVE Uesb, e impedir que ela
seja mais uma triste experiência do Estado”.
Para o
estudante Paulo Maurício, “a TV deve buscar estar atrelada à universidade e não
somente a assessoria de comunicação da instituição, como ocorre. Muitos
funcionários, estudantes e professores nem sabem onde ela funciona”. Maurício
acredita na necessidade urgente do veículo ser avaliado. “Por quem? Pela
comunidade universitária e conquistense”, conclui.
O Presidente
Deliberativo do SURTE, afirma que a TV possui seis estagiários, estudantes de
comunicação, e que os projetos de socialização para a universidade, através da
abertura de editais de extensão vão acontecer, buscando captação de recursos
com outros órgãos, “para que professores, servidores, alunos, acompanhados pela
coordenação, possam propor à pró-reitoria de extensão, programas, que vão ser
avaliados pelo conselho para serem implementados”. Ele entende que é um momento
de ascensão e organização, “a televisão vem cumprindo sua tarefa”. O
pró-reitor, salienta também o papel que a TVE Uesb vem desempenhando: “levar
para a comunidade que ela é também responsável pela sua universidade, a
informação da sua universidade, a comunidade está passando a conhecer a sua
universidade”. Mas admite, “acho até que está faltando mais alguma coisa”.
Dirceu Góes tem
visão diferente, “a TV Pública deve ter o máximo de independência para fazer
telejornais isentos; onde não haja censura aos temas e as pessoas; com matérias
didáticas; sendo educativa e crítica, com discursos plurais. Os que conduzem
hoje a TV UESB acham que o meu pensamento é o de uma pessoa ‘romântica’.
Entretanto, eu acredito ser possível construir utopias, contanto que se
tenha disposição, recursos e cabeça aberta para tanto”.
Para o auditor-fiscal, Marcelo Machado, “é
interessante essa discussão, a universidade tem que ser palco das
controvérsias, das polêmicas, porque é a partir disso que ela cresce”.
AREZZO Estação Black
Arezzo Estação Black
O frio não intimida a moda, que nesse
inverno esquenta o visual da mulher conquistense com a tendência Black Disco.
Um luxo!
Já era tormento de esperar e até causar ansiedade para
saber qual seria a próxima irreverência de inverno da Arezzo. Moderna e
clássica, a coleção reinventa conceitos e revisita tendências dos anos 80 e 90.
Com o preto frente-cor da estação, além dessa exuberante tendência Black Disco,
pode se ver muito luxo e glamour pelas vitrines da Arezzo em Conquista, tanto
no Shopping Conquista Sul, como na 7 de Setembro, do Centro. A coleção também
aposta no resgate a décadas passadas, tendência Glamour Velha Guarda, com
direito a muitos peep-toes e scarpins com plataformas, que não podem faltar.
É
nos detalhes e materiais que se encontra o segredo das tendências. Tachas,
correntes, fivelas, metais, pedras, tiras, tressês e diferentes texturas vêem
para compor outros tons, como cinzas grafite e marrom: uma arrojada proposta de
aventura, da mulher que supera fronteiras, explora viagens, diversas culturas e
universos. Para as amantes de brilho, nos metalizados e pedrarias, a aposta Black
Disco se funde aos anos 70, com os vestidos de paetê, leggings, acompanhados da
mais nova proposta desse inverno, as sandálias pesadas, decoradas de tachas,
zíperes e fivelas, o grande sucesso da estação, numa tendência rock.
As
bolsas trançadas, super trabalhadas, com camurças ou couro amassado, evidenciam
requinte e beleza incomparáveis! Os scarpins podem acompanhar texturas de
animais, enquanto que as botas, sandálias-botas, plataformas estão em alta na
coleção.
Para
as mais discretas, as sapatilhas, as adoradas plataformas clássicas e as
rasteirinhas, são acompanhadas das multitiras, que vem para colorir, ao mesmo
tempo que revigoram o charme sutil das sandálias, que só a Arezzo tem.
Soraya
Gesteira, arezzete de plantão, recomenda que “para esquentar o inverno de
Vitória da Conquista, as botas, que vieram para todos os gostos e propostas,
são uma excelente aposta para enfrentar um inverno com conforto sem perder a
elegância”. Com oito anos no mercado, Soraya Gesteira que assume as duas franquias
Arezzo, elogia as mulheres, “é um público que tem bom gosto e requer produtos
de qualidade. E isso, não é problema, porque temos de sobra! Nossa equipe está
de braços abertos para um atendimento personalizado com a atenção e o respaldo
que a mulher conquistense precisa.”
Acha
que acabou? Não acabou não! O inverno é uma estação, que de fato, agrega muitos
elementos. E a Arezzo, sempre sintonizada com o mundo mulher, tenta de todas as
maneiras atender as aspirações femininas. Nessa coleção, o quite inverno, com
cachecol, gorros e luvas, chega para integrar o clube dos outros acessórios,
como os lenços, óculos, pulseiras, cintos e carteiras. Com o lançamento na
coleção passada, dessa vez, os esmaltes vem em verniz, com cores como o azul,
grafite, petróleo, furtacor e todos os tons da coleção. A mais nova novidade
são os indispensáveis minigloss que fazem a boca da mulherada ficar mais
iluminada, com os tons da moda.
Novo Jornalismo
O Novo Jornalismo, Jornalismo Narrativo, ou o que chamo de Jornalismo Literário, foi um estilo de narrativa jornalística emergido na segunda metade do século XX. A "nova" forma é cristalizada numa narrativa jornalística que usa técnicas literárias para contar fatos da realidade. Há quem diga que surgiu na imprensa americana nos anos 60, mas publicações latino-americanas anteriores sucumbem o boato. Foram o argentino Rodolfo Walsh e o colombiano Gabriel García Márquez que inauguram a arte, aqui na América Latina. Era na década de 50, que Walsh lançou o livro-testemunho, "Operación Massacre", que revela uma trama oculta de uma série de massacres de militantes políticos, civis e militares na zona norte da Grande Buenos Aires. E "Relato de un náufrago", uma reportagem literária, de García Márquez foi publicada em 55, com base na entrevista do único sobrevivente do naufrágio do navio A.R.C. Caldas. Para o autor, a crônica jornalística representa "um conto que é verdade". O escritor Martín Caparrós, diz que trata-se de um jornalismo abrigado pela literatura, o que torna a leitura mais instigante, "porque cria uma cultura e não fala de uma que já existe".
Nos Estados Unidos, o Novo Jornalismo consagrou nomes de repórteres americanos que migraram para a literatura. São eles, Tom Wolfe, Truman Capote, Norman Mailer e Gay Talese. Este último, inclusive, traz mais uma definição: “O novo jornalismo, embora possa ser lido como ficção, não é ficção. É, ou deveria ser tão verídico como a mais exata das reportagens, buscando embora uma verdade mais ampla que a possível através da mera compilação de fatos comprováveis”.
Jornalismo Literário vive “boom” na América Latina
Livros, revistas, coleções, workshops, prêmios... crônica jornalística está em alta no continente
Quem procura histórias, mas não quer se esquecer da realidade,
encontra na América Latina uma literatura potente, cara à mente e ao coração: a
crônica jornalística. Não é de agora que o chamado jornalismo narrativo (ou
literário, como preferir) vibra nas letras de grandes autores
latino-americanos. Hoje, no entanto, fala-se hoje de um “boom” da crônica de
não-ficção no continente.
E as evidências não são poucas. Nos últimos anos,
proliferaram as revistas, as coleções, os workshops e os prêmios voltados ao
gênero.
Falando das primeiras, é de chamar a atenção que
certa escassez na oferta cultural de muitos países da região não afete a variedade
de títulos dedicados às crônicas da vida. Temos, sem pretensão de uma lista
definitiva: Gatopardo (México, América Central e países
andinos), Etiqueta
Negra (Peru), The Clinic e Paula (Chile), Elmalpensante e Soho (Colômbia), Pie izquierdo (Bolívia), Marcapasos(Venezuela) e, ufa, Piauí, no Brasil.
Se a lista de publicações é extensa e crescente, a
de autores anima muito mais. Eles podem ser veteranos, como o argentino Martín
Caparrós, o nicaraguense Sergio Ramírez, o mexicano Juan Villoro, o colombiano
Héctor Abad Faciolince e o porto-riquenho Hector Feliciano. Ou então dar corpo
a uma safra de novas vozes, na qual se destacam os peruanos Julio Villanueva
Chang, Daniel Alarcón, Daniel Titinger, Gabriela Weiner e Toño Angulo. Todos
eles alçados à “fama” graças ao sucesso de Etiqueta Negra, revista editada em
Lima na qual já publicaram seus textos escritores tão respeitados como Jon Lee
Anderson, Alma Guillermoprieto, Francisco Goldman e Susan Orleans, habituais da
bíblia do jornalismo narrativo, The New
Yorker.
Garcia Marquez, que acaba de completar 85 anos, continua sendo expoente da crônica jornalística latino-americana
Por sinal, costuma-se dizer que vem do norte a
semente inspiradora dos cronistas latinos, o que não é verdade. Antes de
surgirem nos Estados Unidos os cânones da narrativa jornalística típica da New Yorker, lá pelos anos 1960, aqui na terrinha se
arriscaram nessa arte figuras como o argentino Rodolfo Walsh e o colombiano
Gabriel García Márquez. Era a década de 50 quando Walsh lançou “Operación
masacre”, livro-testemunho que revela a trama oculta de uma série de massacres
de militantes políticos, civis e militares nos lixões de José León Suárez, zona
norte da Grande Buenos Aires, em 1956.
García Márquez – que em 1955 publicou a reportagem
literária “Relato de un náufrago”, baseada em entrevistas com o único
sobrevivente do naufrágio do navio A.R.C. Caldas – afirmou certa vez que o
nosso continente se fez por suas crônicas. Para o ganhador do Nobel, nos
relatos dos cronistas de Índias já se assomavam os germes do chamado realismo
mágico e do estilo latino-americano de contar histórias descrevendo a vida
cotidiana.
Jornalismo
com alma
Mas o que é, finalmente, a crônica jornalística? “Um
conto que é verdade”, explicou García Márquez. Para Martín Caparrós, ela
resulta de certo jornalismo abrigado pela literatura e que é muito mais
instigante do que o tradicional, “porque cria uma cultura e não fala de uma que
já existe”. Se for realmente boa, uma crônica não inventa ou celebra o
surpreendente, mas trata de descobri-lo, fazendo com que o leitor se interesse
por algo que em princípio não lhe preocupava nem um pouco.
A
febre atual
Quem quiser ficar em dia com o novo ímpeto da
crônica jornalística latino-americana encontra em duas publicações recentes uma
saborosa compilação de crônicas – e também de textos sobre a arte de
escrevê-las.
A primeira é a “Antología de la crónica
latino-americana actual”, organizada por Darío Jaramillo Agudelo e lançado pela
editora Alfaguara. Depois tem “Mejor que ficción. Crónicas ejemplares”, a cargo
de Jorge Carrión, pela editora Anagrama. Por enquanto, tudo em espanhol e para
ser encomendado de fora, é verdade, mas nada que um leitor em busca de uma boa
leitura não assimile com prazer.
Quem sabe, no futuro, editoras (daqui, de lá) não se
esforcem mais para encarar novas compilações que misturem autores brasileiros e
hispânicos. Afinal, por aqui essa febre encontra eco também – e latinos com
capacidade de assombro diante da nossa mágica realidade somos todos nós.
O Bailão do Ruivão abalou bangu, em Ilhéus
Nando Reis e os Infernais fizeram a alegria do público neste final de semana no Boca Du Mar
Enérgico e intenso, Nando Reis abriu o show com toda performance e irreverência que o artista tem direito, ao lado da Banda os Infernais. Estreou com o sucesso “Sou Dela” e emocionou a platéia com muitos dos seus clássicos. A festa se iniciou com o baiano Peu Delrey e em seguida o Bailão do Ruivão entrou no salão para animar a noite, que se encerrou com o reggae da banda Mascavo. Esta é uma iniciativa da MV1 Eventos, vinculada à M21 Publicidade e Propaganda.
Cada vez mais a cena cultural da região tem se intensificado com a realização de eventos como esse, que também tem destinado espaço para artistas da nossa região. “O Bailão do Ruivão é um show que muitas pessoas queriam assistir. Ver o trabalho de toda uma equipe tornando isso realidade é uma grande alegria”, comemora o executivo da MV1, Marcos Lessa.
O acrobata frenético energiza o público
Tomado de surpresa com a corda de seu violão que quebrou, o Ruivão não economizou em sua performance artística, explodindo extasiado de calor, freneticidade e irreverência. Um verdadeiro rapaz com diagnóstico de hiperatividade acentuada. Era visível o quanto Nando Reis necessitava do seu violão em seus dedos famintos para expandir toda sua energia na música. Perder por alguns instantes aquele que é praticamente a extensão do seu braço, foi o mesmo que ver um homem sem um pedaço do seu próprio corpo, alucinado, buscando desesperadamente interagir com qualquer coisa solícita a ele: o circulador de ar. Sim, encenou quase que um encontro amoroso com o ventilador do palco, enquanto cantava cheio de emoção e carência. O assistente tocou o violão e por isso o arranjo da música não ficou desfalcado com a falta acústica do instrumento, mas pudemos presenciar a oportunidade única de assistir um músico em pleno ato artístico e inusitado, sem os seus acordes em mãos, quase desesperador.
De férias e residente em Vitória da Conquista, a jornalista Carolina Coelho não resistiu aos encantos do litoral ilheense, onde já viveu parte de sua infância, e aproveitou para curtir esse show ao lado de amigos. “A produção da MV1 surpreendeu nossa expectativa, a festa está bacana, muita gente bonita, som de primeira qualidade, segurança... Encontrei com meus amigos, estou matando a saudade e vou voltar pra casa feliz da vida!”, afirmou a jornalista.
Assessoria de Comunicação. Afinal, pra quê?
Por Anna Karenina de Oliveira
Registro nº 4085/BA
A Comunicação, do Jornalismo à Publicidade, acopla diversas áreas e reúne vertentes bastante
peculiares em seu pluralístico universo. Apesar de ainda ser desconhecida por
muitos, a assessoria de comunicação existe desde 1906, quando o jornalista
americano Ivy Lee resolveu transformar a imagem do empresário mais odiado dos EUA, o barão Rockfeller,
na opinião pública. O jornalista se dedicou a cuidar da imagem de empresas e
instituições através da divulgação de informações de corporações por meio da
imprensa. As organizações estabeleciam sua comunicação com a sociedade através
de notícias divulgadas jornalisticamente, o que representou, naquela época, a
humanização dos negócios. Ou seja, as relações públicas em linha direta com a
alta administração. Organizadas, as instituições passaram a atuar como fontes e
mediar uma demanda social de informação propagandística como natureza.
No Brasil, as assessorias se espalharam com o Governo JK, em 1964, quando as multinacionais já se estabeleciam junto às Relações Públicas, e as assessorias de imprensa automaticamente se incorporavam no serviço público e iniciativa privada, com o sentimento prévio de zelar pelo valor público da informação.
Especializada em criar notícias, organizar, planejar e executar estratégias criativas de comunicação para instituições, empresas ou pessoas, as assessorias de comunicação atualmente também podem operar com funções de pesquisa, planejamento, diálogo e avaliação com o público a que a organização se destine, para que ambos se adaptem mutuamente. Empresas e instituições também passam a se relacionar com a imprensa de modo que forme positivamente uma imagem de crédito, de acordo com seus interesses perante a opinião pública, através dos meios de comunicação.
Faz-se necessário um profissional da comunicação habilitado para mediar e interligar os interesses institucionais com seu público alvo e também através da imprensa. Para isso, é preciso estabelecer imagem, reputação e instilar confiança aos clientes. A informação organizacional é um meio de alcançar seus objetivos e interesses, por isso se atualiza e se mostra, relacionando-se continuamente com a rede de informações.
A tendência atual, é que cada organização possua um porta voz competente das técnicas de comunicação a contribuir para o mútuo entendimento entre grupos e instituições, como também para manter harmonia entre o público e o privado.
A prestação de serviços no campo da assessoria de comunicação beneficia a sociedade quando o público tem desejos e interesses levados em consideração pelas instituições e, também, quando ajuda a sociedade a tomar decisões e a obter conhecimento específico para seu melhor funcionamento.
No Brasil, as assessorias se espalharam com o Governo JK, em 1964, quando as multinacionais já se estabeleciam junto às Relações Públicas, e as assessorias de imprensa automaticamente se incorporavam no serviço público e iniciativa privada, com o sentimento prévio de zelar pelo valor público da informação.
Especializada em criar notícias, organizar, planejar e executar estratégias criativas de comunicação para instituições, empresas ou pessoas, as assessorias de comunicação atualmente também podem operar com funções de pesquisa, planejamento, diálogo e avaliação com o público a que a organização se destine, para que ambos se adaptem mutuamente. Empresas e instituições também passam a se relacionar com a imprensa de modo que forme positivamente uma imagem de crédito, de acordo com seus interesses perante a opinião pública, através dos meios de comunicação.
Faz-se necessário um profissional da comunicação habilitado para mediar e interligar os interesses institucionais com seu público alvo e também através da imprensa. Para isso, é preciso estabelecer imagem, reputação e instilar confiança aos clientes. A informação organizacional é um meio de alcançar seus objetivos e interesses, por isso se atualiza e se mostra, relacionando-se continuamente com a rede de informações.
A tendência atual, é que cada organização possua um porta voz competente das técnicas de comunicação a contribuir para o mútuo entendimento entre grupos e instituições, como também para manter harmonia entre o público e o privado.
A prestação de serviços no campo da assessoria de comunicação beneficia a sociedade quando o público tem desejos e interesses levados em consideração pelas instituições e, também, quando ajuda a sociedade a tomar decisões e a obter conhecimento específico para seu melhor funcionamento.
Com a internet, essa necessidade de comunicação torna-se
ainda mais intensa e dinâmica: o não lugar permite que essa teia leve
informações de modo mais rápido e com grande poder de alcance.
Em linhas gerais, a comunicação para empresas dá unidade a um
conceito de empresa, harmonizando interesses, evitando a fragmentação do
sistema, promovendo internamente, sinergia negocial e, externamente
comportamentos e atividades favoráveis à organização.
O assessor atualmente deixou de ser apenas um emissor de
releases, despontando, hoje, como um produtor ou mesmo um executivo de
informações, intérprete do macroambiente.
Folha da Praia
Folha da Praia: 20 anos...
...uma história de conquistas e sucesso
Quando
decidiu criar a Folha da Praia na década de 90, o empresário jornalista Roberto
Santana jamais poderia imaginar que de um jornal, o periódico se tornasse o que
é hoje: “uma revista que faz parte da história de Ilhéus, com 132 edições”,
define.
A
idéia inicial se concretizou na criação de um tablóide especializado na
editoria de turismo, sendo distribuídos cinco mil exemplares gratuitamente em
Ilhéus e região. “O jornal era preto e branco, com papel de livro, de alta
alvura, e o sucesso foi tão grande que ampliamos a cobertura para as
variedades”, relembra Santana, pois outros temas ganharam importância no
cenário social da época. No entanto, ele percebeu a pequena durabilidade do jornal.
Foi quando “meu amigo da Gráfica Mesquita me incentivou, ‘rapaz porque você não
faz uma revista, que dura mais? ’”.
Por
quatro anos o impresso conseguiu se sustentar, e em 1994 transformou-se em uma nova
revista na região, com capa colorida. Entre capas e contracapas de cor,
“Caderno da Mulher em Destaque” com papel rosa, e a cada novo lançamento, as
novas tecnologias foram tomando conta dos veículos impressos, com a qualidade e
modernização da imagem. O que um dia foi metade em preto e branco e outra
metade colorida, hoje o que não falta na Folha da Praia é cor em todas as suas
páginas.
Editorias
de turismo, à sociedade, economia, cidade, esportes... A Folha da Praia
comemora em 2011 o ano nº 20, com distribuição de dez mil exemplares a cada
nova edição. “Tenho clientes desde a edição número zero. Ninguém seria doido de
investir numa coisa que não dá certo. É preciso levar a sério, respeitar o
público, o cliente, e procurar sempre inovar, acompanho a evolução”, afirma
Santana. Para ele, o veículo representa um grande ganho na comunicação, difundindo
cultura para toda a camada social.
Perfil
Roberto
Santana começou sua carreira cedo, antes da graduação, em 1974, como
radialista. Assumiu a redação de muitos jornais, como o Diário da Tarde, em
Ilhéus e o Diário de Itabuna. Em seguida, formou-se em Jornalismo no ano de
1980, pela Faculdade de Comunicação Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, onde
trabalhou na Block Editores, com a Revista Fatos & Fotos. Em Salvador atuou
na Manchete, Jornal da Bahia, Tarde da Bahia, quando retornou para a região e
passou por muitos jornais. Assumiu a assessoria de imprensa da Coopercacau
Central por 15 anos, quando rm 1990 resolveu fundar a Folha da Praia.
INconveniências Sex Shop
Que
tal apimentar?
Para quem pensou em gastronomia,
está muito enganado. Quando o assunto é tempero na relação, a Inconveniências
Sex Shop garante entender muito bem da sua especialidade.
Embora saiba que a sociedade
ilheense vem de uma geração educada nos moldes coronelísticos do Cacau, com
regras, preconceitos e valores rigorosos, a empresária Nayara Ligouri apostou
num seguimento bastante ousado quando resolveu abrir um Sex Shop na região, em
2006. E deu certo.
Foi numa viagem para Amsterdã,
que a até então professora despertou sua visão empreendedora, quando a passeio
encontrou muitas lojas desse segmento nas ruas da cidade. Depois de participar
de uma feira em São Paulo, a empresária não teve dúvidas e abriu uma loja em
Ilhéus. “Não é fácil abrir um Sex Shop. Tem que ter todo um cuidado no
atendimento, que deve ser personalizado para que o cliente se sinta a vontade”,
conta Ligouri. Apesar dos tabus, na superação de desafios, há quatro anos a
Inconveniências está no mercado, com loja ampliada em Ilhéus (Shopping It’art).
Além disso, a empresa expande seus projetos com abertura de outro Sex Shop para
o ano que vem em Itabuna.
Quando se trata de uma loja
especializada na vida íntima e sexual, muitas pessoas confundem os seguimentos.
A Inconveinências tem sua identidade, “não é uma loja de lingerie que vende
produtos de Sex Shop. Não. É um Sex Shop mesmo que vende lingerie, como
complemento”, define a empresária.
Para as mais tímidas, o site na
internet e o serviço de entrega da Inconveniências são bastante eficientes. A
clientela tem o conforto de receber em casa aquele “Q” a mais que faltava.
Cidades como Una, Canavieiras e Itabuna solicitam constantemente o serviço de
entrega da loja. Segundo a empresária, muita gente tem a curiosidade de
conhecer o Sex Shop, mas não vai por timidez, não sabe nem o que é. “O Sex Shop
é uma loja normal, como outra qualquer. Tenho muitas clientes de bairro, e até
do próprio comércio mesmo, as pessoas sempre têm vindo aqui”, conta, mas admite
que a internet com o serviço de entrega já facilitou bastante as vendas.
Não só as mulheres, mas também o
público masculino têm buscado melhorias nas relações, que às vezes já frias,
ganham uma apimentada. Com clientes de 20 a 80 anos, a empresária Nayara
Ligouri explica, “graças à abertura que a mídia tem dado com reportagens sobre
os Sex Shops, as pessoas tem se preocupado em buscar a melhoria e a qualidade
sexual nos seus relacionamentos. Com o atendimento personalizado, o cliente se
sente confortável e a vontade, pois buscamos atender e a sugerir com atenção”.
De cosméticos com várias funções
e tipos, artigos, bolinhas a lingeries, locação de livros e dvd’s, muitos
fetiches e fantasias têm corrido soltos pelo ar...
PERFIL
Formada em Letras pela UESC e
pós-graduada em Salvador em Gestão Escolar, a vontade de Nayara Ligouri sempre
foi atuar no comércio. De professora a empresária, encontrou no Sex Shop um
ramo exótico, cheio de irreverência e truques para apimentar a vida sexual de
muita gente.
Fotógrafo Sandro Andrade
Um clique de elegância em seu casamento
Natural de Vila Velha – ES,
Sandro Andrade antes de ser fotógrafo profissional especializado em casamentos,
já era graduado em
Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Espírito
Santo. Através de um curso do Senac em 2001, o então contador descobriu na arte
de fotografar um hobby eficaz que aliviava suas constantes tensões do trabalho,
e ainda encontrava um bom instrumento de lazer. Mas o que um dia chegou a ser uma
simples brincadeira, se transformou no início de outra profissão. Com a saúde
prejudicada devido à insônia de noites perdidas, pela sobrecarga do trabalho, o
médico receitou-lhe mudança imediata de função. Então, vindo para Ilhéus em
2008, trabalhou na região como fotógrafo na parte de assessoria política.
Hoje, Sandro Andrade possui um
Studio profissional, e com um currículo bastante especializado em fotografia
para casamentos e em stúdio, é o único membro na Bahia do disputado WPJA,
Associação Internacional dos Fotógrafos de Fotojornalismo para Casamentos. No
Brasil, ele é o 31º profissional selecionado e aceito pela Associação.
No maior congresso de fotografias
do Brasil, o Wedding Brasil 2010, em São Paulo , Andrade participou de workshops
ministrados por grandes nomes de profissionais em casamentos, como Evandro
Rocha, Anderson Miranda e Rafael Fraga. Além disso, têm se qualificado cada vez
mais em eventos e workshops da área em Minas Gerais , aqui na Bahia. Em um concurso
fotográfico nacional, de três fotos inscritas, duas ficaram entre as cem primeiras.
Ao lado de sua esposa Juliana,
Sandro Andrade faz a cobertura fotográfica de todo o matrimônio. Desde o
pré-casamento, com fotos em stúdio e ensaios do casal em áreas externas, making
off dos preparativos, a própria cerimônia matrimonial, festa, e agora a grande
tendência nacional, que é o pós-casamento, conhecida como “trash the dress”.
Segundo Andrade, “somos
contadores de histórias através de imagens fotográficas”. Sua esposa Juliana
complementa, “o momento de dizer sim é breve, mas a escolha é eterna”. Por
isso, trabalhar profissionalmente, com qualidade, em que o serviço de entrega é
garantido, realmente faz toda a diferença quando se diz “sim”. Depois da
cobertura fotográfica, o casal faz o agendamento de escolha das fotos, em que dentro
de um mês o álbum é aprovado, e no prazo de 90 dias, é entregue encadernado.
O Stúdio Sandro Andrade também trabalha
com fotos em stúdio para crianças e gestantes. Além disso, realiza cobertura de
aniversários. Mas o foco é a cobertura de casamentos.
By Colors
Foco, Metas, Trabalho:
By Colors
Conheça a trajetória de uma
empresa que superou desafios, agregou valores aos produtos e, hoje,
estabelecida no mercado, é referência na região
Há quase 20 anos no mercado em
Ilhéus, a By Colors é considerada referência no seguimento de chapéus e
fardamentos. A empresária Carla Ourives se especializou no ramo e cada vez mais
tem agregado valor aos produtos da marca, que atende empresas como
multinacionais, resorts e empresas de fora. O que antes era apenas um simples
hobby se transformou num empreendimento promissor.
“Sempre gostei muito de chapéus e
bonés. Foi quando encontrei uma loja no Beach Park de Fortaleza, com uma grande
variedade de produtos dessa linha. Então me interessei pela idéia”, relembra
Ourives. Segundo conta, “no início foi muito difícil entrar no mercado, bater
de loja em loja, de empresa em empresa, levei muito não. Mas com o
profissionalismo, a qualidade, e o apoio de amigos, consegui”.
Inicialmente, a empresa produzia
viseiras, chapéus coloridos do tipo EVA (borracha) e artigos de decoração para
aniversários. Em seguida, a demanda aumentou, e bonés em tecido tipo tequitel e
de microfibra tomou conta das produções By Colors.
Com mais de vinte modelos de
chapéus, entre bonés, chapéus de trilha, náuticos, próprios para pescador,
viseiras grandes etc, a empresa além de agregar a pintura de serigrafia e a
criação de bordados nesses produtos, hoje investe em camisas e fardamentos
personalizados, em tecido brim, para empresas - como empreiteiras e indústrias.
“A gente tem que ter metas, e
através dessas metas o sonhos se transformam realmente em realidade. Agir com
profissionalismo é fundamental para agregarmos mais valor aos nossos produtos e
empresa”, conta Carla Ourives. Para ela, trabalhar com qualidade, é o segredo e
diferencial para se sobressair no mercado. Na sua jornada profissional, a
empresária destacou a busca de fazer algo diferente, original, conciliando com
a afinidade no ramo e seu talento de criação.
É de se reconhecer e atribuir
credibilidade a uma empresa que um dia, sua produção acontecia num ateliê em
garagem, e hoje se consolidou com a confiança de seus clientes através de
produtos de qualidade, confeccionados num amplo ambiente de produção.
PERFIL
Ilheense, formada em Inglês e
Turismo pela Escola Anglo Continental da Inglaterra, Carla Ourives, chegou a
atuar como intérprete no Aeroporto Internacional de Salvador, mas sua carreira
estava predestinada a ser empresária, quando criou a By Colors em Ilhéus. Hoje,
está graduando Direito na Faculdade de Ilhéus.
CICON
No presente, construindo o futuro
O mercado da
construção civil em Ilhéus aos poucos tem se expandido, e tem sido terreno positivo para
atuação por profissionais de iniciativa. Foi o caso da família CICON, quando o empresário e diretor da construtora, Roque Lemos, superou desafios em
1998, momento em que oficializou o funcionamento do negócio. O resultado dessa jornada mostra
hoje que valeu a pena. Além de 350 unidades distribuídas e entregues em oito
prédios, a empreiteira reúne oito obras em construção, sendo três edifícios previstos
para fevereiro de 2011, e este ano já inaugura mais três lançamentos, entre
residências e pontos comerciais.
“Trabalhamos
para obter essa resposta muito positiva que temos hoje em Ilhéus e Itabuna”,
explica o diretor. Esse resultado se deve a 12 anos de mercado, graças ao
trabalho persistente da família que não se intimidou e superou desafios, e
enxerga no futuro da região um horizonte promissor. Fortificada e mais conhecida,
a CICON é destaque no mercado da construção civil da região, e estima para os
próximos cinco anos o dobro do crescimento que teve em dez anos, o que reflete
a expansão da empresa. “Quando o desenvolvimento vem, só sobrevive quem está
preparado. Precisamos sair da defensiva, acabar com essa rotina de décadas, e
partir ofensivos para esse novo ciclo”, explica Lemos.
O resultado
das obras ao longo dos anos e a aprovação do público garantiram a conquista da
credibilidade da empresa. Embora atendido a demanda do mercado de habitação
popular, com 208 unidades a serem entregues no próximo ano, a construtora planeja
com detalhes os próximos empreendimentos.
“Nosso
principal objetivo é construir num molde altamente competitivo, de qualidade,
aliando tecnologia, melhorias nos processos e prezando sempre a excelência, com
o mais alto padrão em nossos prédios”, explica Rógere Lemos. Sobre o processo
de mudança econômica da região, o diretor acrescenta, “a cidade só cresce com
pessoas preparadas para acompanhar esse processo de desenvolvimento, é aí que
devemos demonstrar nossas capacidades. Quando a gente se movimenta, atraímos
coisas boas. É trabalho para todos, e todos crescem. O ciclo é muito grande,
fazemos nossa parte”, concluiu.
Um novo conceito em educação: Colégio Ideal
Quando se pensa
em didática, a imagem que se forma é a de um professor em sala de aula
ministrando conteúdos “goela a baixo” para a classe. Com a modernidade, a Educação
evidencia uma nova forma de ensino-aprendizagem, diferente dos métodos
tradicionais. Há quatro anos, através do método Sócio-Interacionista sugerido
pela Rede Pitágoras, o Colégio Ideal, com uma qualificada equipe de 35
professores, Serviço de Orientação Pedagógica/Psicológica e Coordenadoras comprometidas,
atende do Maternal ao Ensino Médio, sob a gestão da Diretora e Professora
Eliana Lang, que apresenta a Ilhéus um novo conceito de Educação: Escola-Empresa.
Há mais de 23
anos como educadora, a empresária Eliana Lang aplicou com irreverência seus
conhecimentos em Gestão quando fundou o Colégio, desde a estrutura, organização
e política de funcionamento do mesmo. O próprio slogan já mostra sua diretriz,
“preparando empreendedores de valor”. Com um crescimento anual geral de 60% em
números de alunos, tem como carro chefe a Educação Infantil (250%) e, já prevê
nas matrículas antecipadas um crescimento de 120% em 2011. Esse ritmo de desenvolvimento mostra o êxito
da escola, que deve ser reestruturada nos próximos anos.
Valores como
Respeito, Parceria, Responsabilidade e Criatividade são marcas de nascença do
Colégio Ideal, desde fevereiro de 2007. Segundo a empresária, o foco é preparar
o aluno e todos em sua volta para uma visão empreendedora. “Não focamos em vestibulandos
reprodutores de conteúdo, e sim em empreendedores de aprendizagem. Logo, o
resultado do vestibular é uma consequência e não um fim. Esse processo não
adiantará se o aluno, futuramente, não souber utilizar certas ferramentas, fato
que ocorre com muitos depois que concluem a faculdade”, explica a empresária.
O método
A metodologia
Sócio-Interacionista mostra que o professor de ontem, deve ser o mediador de
hoje, ou seja, “não é mais dando aula, é partilhando aula”, explica Eliana Lang.
O conteúdo é socializado. O aluno constrói seu aprendizado ampliando sua
cosmovisão integrada e inteirada ao grupo. Nesse método, o professor extrai o
que os alunos sabem sobre o tema, conduz uma discussão, insere complementos e
interage preenchendo as lacunas. A partir daí, o assunto pode ser sistematizado
e padronizado com a revisão dos principais elementos. Para a diretora, o Sócio-
Interacionismo não descarta antigas possibilidades, apenas as amplia.
3ª Série Ensino Médio
Com seis aulas
diárias, os alunos do Colégio Ideal da 3ª Série do Ensino Médio, também participam
de simulados e provas de concorrências realizadas dentro da metodologia
proposta, e tem sido aprovados em universidades como a UESC, UFBA e outras
renomadas instituições do 3º grau. Com a avaliação das habilidades e
competências do aluno em situações-problema no vestibular, “o
sócio-interacionismo contribui para que o aluno amplie suas capacidades no
processo de argumentação, associação e desenvolvimento crítico”, defende a
empresária.
PERFIL
Graduada em Letras pela UESC
(1999), a empresária Eliana Lang também é Especialista na área de Língua
Estrangeira (TOEFL e IELTS) e Pós- Graduada em Gestão Empresarial
e Marketing (FASB), tendo reconhecimento efetivo no Prêmio Realce Empresarial
SEBRAE (2006), ferramentas que a impulsionaram para assumir este
empreendimento, ampliando e mediando um novo conceito de escola.
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