Novo Jornalismo


O Novo Jornalismo, Jornalismo Narrativo, ou o que chamo de Jornalismo Literário, foi um estilo de narrativa jornalística emergido na segunda metade do século XX. A "nova" forma é cristalizada numa narrativa jornalística que usa técnicas literárias para contar fatos da realidade. 
Há quem diga que surgiu na imprensa americana nos anos 60, mas publicações latino-americanas anteriores sucumbem o boato. Foram o argentino Rodolfo Walsh e o colombiano Gabriel García Márquez que inauguram a arte, aqui na América Latina. Era na década de 50, que Walsh lançou o livro-testemunho, "Operación Massacre", que revela uma trama oculta de uma série de massacres de militantes políticos, civis e militares na zona norte da Grande Buenos Aires. E "Relato de un náufrago", uma reportagem literária, de García Márquez foi publicada em 55, com base na entrevista do único sobrevivente do naufrágio do navio A.R.C. Caldas. Para o autor, a crônica jornalística representa "um conto que é verdade". O escritor Martín Caparrós, diz que trata-se de um jornalismo abrigado pela literatura, o que torna a leitura mais instigante, "porque cria uma cultura e não fala de uma que já existe".
Nos Estados Unidos, o Novo Jornalismo consagrou nomes de repórteres americanos que migraram para a literatura. São eles, Tom Wolfe, Truman Capote, Norman Mailer e Gay Talese. Este último, inclusive, traz mais uma definição: “O novo jornalismo, embora possa ser lido como ficção, não é ficção. É, ou deveria ser tão verídico como a mais exata das reportagens, buscando embora uma verdade mais ampla que a possível através da mera compilação de fatos comprováveis”.

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