sexta-feira, 8 de junho de 2012

Associação Comercial e Industrial de Vitória da Conquista

Editorial da Revista Personnalitè



O ano de 2010 veio com o entusiasmo que inspirou o lançamento da primeira edição da Revista Personnalitè. Sem dúvidas, a aceitação muito positiva do público não poderia ter sido melhor. É com esse espírito de sucesso que nossa equipe tem a satisfação de lançar comemorando este segundo númeroe os 170 anos de Vitória da Conquista.
De fato, essa festa é nossa e de toda a sociedade, inclusive dos novos ‘conquistenses’ que por aqui escolheram morar e se desenvolver na oitava cidade que mais cresce no nordeste.  Seguimentos que se destacaram e propiciaram uma ascensão conjunta ao município, como a pecuária e agricultura, hoje fazem parte do leque econômico que Vitória da Conquista possui. O comércio forte e um setor imobiliário que não para de se expandir, traduz a prosperidade. A educação e a saúde são hoje referências no estado. A Personnalitè parabeniza a todos que fizeram e fazem desta cidade um lugar peculiar de se viver.
Por isso, nesta edição o leitor vai conhecer personalidades e profissionais que fazem a diferença neste cenário social. Afinal, para que uma cidade como a nossa seja reconhecida como sinônimo de desenvolvimento, tem muita gente especializada trabalhando para mostrar o que mais sabe fazer.
O fim do ano se aproxima e o Verão chega com antecedência para renovar os ânimos, carregar as energias para o trabalho e as festas do Natal e Ano Novo.

Boa leitura!

ELCLIN


Enxergar: mais do que “ver”, é viver.
Hospital de Olhos Elclin, há 30 anos cuidando de sua visão

180 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), apresentam algum tipo de deficiência visual, e no Brasil, 70% têm baixa visão ou são cegas (IBGE). As causas mais comuns de limitação da visão são catarata, glaucoma, retinoplastia diabética, trauma ocular, e 50% das causas são por conta dos defeitos refrativos: miopia (não enxerga de longe), hipermetropia (não enxerga de perto) e astigmatismo (não enxerga nem longe e nem perto). Felizmente a tecnologia em tratamentos e curas na oftalmologia traz muitos ganhos, com diferentes intervenções cirúrgicas. A cirurgia a laser é um seguro e personalizado procedimento, eficaz para corrigir com precisão esses defeitos refrativos sem cortes e com rápida recuperação.
E no que se diz em avanço e pioneirismo, a Clínica Elclin se destaca como um dos principais centros oftalmológicos da Bahia, sendo a pioneira com a cirurgia a laser. Dr. Eusinio Lavigne e Dra. Dilma Fernandes, à frente do Hospital de Olhos, compõem uma equipe de excelentes médicos, altamente qualificados e preparados para atender com excelência e realizar cirurgias de vários portes. Há mais de 30 anos em Ilhéus, a Elclin preza pela qualidade de atendimento, e com estrutura diferenciada para cadeirantes, amplos consultórios, equipamentos de alta tecnologia, salas de exames e um centro cirúrgico de ponta, atende toda a macrorregião com todos os planos de saúde, na busca de oferecer ao seu paciente conforto e o que há de melhor em assistência humanizada.
Para quem não sabe, a catarata é a maior causa de cegueira reversível do mundo, surgindo devido à opacificação gradual da lente do olho, chamado ‘cristalino’. O envelhecimento do cristalino geralmente começa a partir dos 65 anos de idade, o que gera bastante desconforto visual. Na cirurgia de catarata, o paciente recebe alta no mesmo dia, retornando para casa com visão plena. Via ultra-som, a cirurgia não dói, e substitui a lente natural envelhecida do olho por outra artificial, com micro-incisão de apenas 1.8 mm, enquanto em outras clínicas esse corte chega a 2.8 mm. O Glaucoma por sua vez, é considerado o ‘ladrão’ da visão, sendo uma doença crônica, genética e pode atingir pessoas com idade superior a 40 anos, como diabéticos, afrodescentes e que fizeram uso de esteróides ou cortisona por muito tempo. Porém, tratamentos a base de colírios podem controlar, ou intervenções a laser e cirúrgicas são recorridas em casos mais urgentes. “É importante que o paciente siga todas as recomendações médicas para que sua visão não corra riscos no futuro, mesmo que aparente um quadro de visão excelente, muitos cuidados são necessários após qualquer cirurgia”, alerta a administradora Luzânia Borges.
O Hospital de Olhos Elclin também oferece tratamento de presbiopia. A anomalia aparece geralmente após os 40 anos, quando a pessoa começa a apresentar dificuldades para enxergar de perto, é conhecida como “vista cansada”. Daí a importância de consultar regularmente o seu oftalmologista. Diagnosticar com antecipação é fundamental para um tratamento adequado, sem que sua visão esteja altamente comprometida. Prevenir o aparecimento de doenças da visão é importante, principalmente nas crianças, que devem ser submetidas ao teste de acuidade visual na fase de escolarização. É nesse sentido que a Elclin desde já se preocupa no atendimento infantil, através do Hospital Pediátrico com tratamentos específicos para crianças.
Conhecida internacionalmente, não é à toa que o Hospital de Olhos Elclin é reconhecido dentro e fora do Brasil. Tendo operado celebridades, como o ex-capitão da seleção Italiana de futebol (1982), Cláudio Gentile, bem como estrangeiros (americanos e europeus), personalidades de renomes, como promotores, juízes, médicos e celebridades regionais, Dr. Eusínio Lavigne sempre investe na atualização de sua equipe médica, através de cursos e congressos para aprimorar cada vez mais a prática da medicina. “É um Hospital de diagnóstico, realizamos todos os exames oftalmológicos. Com uma equipe médica de dez especialistas capacitados, a Elclin reúne 40 funcionários diretos e 20 indiretos, para atender com a qualidade e respeito que nossos pacientes merecem”, define a administradora Luzânia Borges.

Equipe Médica

Dr. Eusinio Lavigne, Diretor, especialista em Cirurgia Refrativa e Cirurgia de Catarata com Micro-incisão.
Dra. Dilma Fernandes, Diretora, atendimento infantil e terceira idade, exames pré-operatórios.
Dr. Eduardo Beródia, Cirurgião Oftalmológico especialista em Cirurgia Refrativa e Cirurgia de Catarata
Dr. Carlos Argolo, atendimento a pessoas da melhor idade e exames pré-operatórios
Dra. Flaviane Espírito Santo atendimento infantil e terceira idade, exames pré-operatórios
Dr. Raimundo Pina, atendimento  SUS
Dra. Ianina Torres, atendimento  SUS
Dra. Angêlica Sampaio,  especialista em Cirurgia Refrativa e Córnea (UNIFESP)
Dr. Pacheco, Cirurgião plástico de pálpebra
Dr. Renato, fisioterapeuta ocular
Dr. Paulo Medauar, anestesista, título superior de anestesia (TSA)

Entrevista com João Omar de Carvalho Mello


Filho do sertão de Vitória da Conquista, João Omar de Carvalho Mello, além de seus trabalhos musicais - já experimentados por certo público conquistense, também está desenvolvendo atividades sociais e políticas, ligadas ao âmbito cultural. João acaba por integrar uma fusão nos seus exercícios: de um lado, a linha artística - aperfeiçoada por sua graduação em Composição e Regência (1995), e mestrado em Regência Orquestral, pela Universidade Federal da Bahia, em Salvador; do outro, o exercício sociopolítico praticado na Coordenação de Cultura da Secretaria da Prefeitura Municipal, e do trabalho voluntário realizado na Casa do Ponto de Cultura da cidade. Essa mescla resulta na próxima gravação de um disco, projetos culturais com ações sociais e uma entrevista exclusiva, reflexo de um diálogo que costura música, cultura, nostalgias, cinema e ações políticas.

 
A CONQUISTA - Por você ser filho de Elomar Figueira, costuma-se fazer uma relação direta de sua profissão com o sucesso de seu pai. Enquanto músico, como lida com isso?

João Omar - É simples. Dizem que determinados tipos de artistas ficam à sombra dos seus pais. Costumo dizer que fico na luz dele. Tenho influencia dele, de professores, de Vila Lobos... Não adianta ser um intérprete se você não tem um repertório que venha condizer com o que sente e com o que você é. Acho suas idéias muito interessantes, fortes, e até radicais às vezes. Mas isso faz parte de sua figura, desse personagem que ele representa para a história da cidade.Meu pai mora no fundo do sertão profundo e não grava há 25 anos. Estou aqui no miolo da cidade, então o que faço? Não gravar também? Não é bem assim... (risos). A questão é mais estética, de formação. Por isso, ser filho dele, não atrapalha em nada.

A CONQUISTA- Está desenvolvendo algum novo projeto musical a ser lançado como disco?

João Omar - Pretendo lançar o mais breve possível um disco interpretando solos de violão de meu pai. “João Omar interpreta obra, violão e música de Elomar”. A previsão é para o início do ano que vem. Estou fazendo também uma pesquisa de choro, forró e samba, que é dentro duma linguagem especificamente violonística. O nosso nordeste é a nossa porte identidade. Ao contrário do que o universalismo urbano propõe, gosto de trabalhar essa identidade.
Estamos com tantos projetos... Tem o “Ares Botano”, “Os Sertões”, que é do grupo música e literatura, “Confissões”, uma espécie de trilha sonora, relacionada a reeducação do olhar e do ouvir... Gravar autores como Vila Lobos, autores clássicos da música erudita, renascentista, também são outras vontades.

A CONQUISTA - Em 2007, você lançou o Cd “Corda Bamba”, que também contou com a participação especial de Armandinho e de composições de outros músicos. Como se deu a trajetória dessa produção?

João Omar- Quando fiz “Os Sertões”, uma apresentação com Elton Becker, tive que alinhar vários músicos, finalizar arranjos e montar algumas composições minhas. Estar dirigindo e concebendo repertório, me impulsionou a gravar um Cd com amigos, uma espécie de cartão de visita, de forma bem espontânea, a fim de mostrar parte de um trabalho que eu já vinha fazendo. O nome do disco, “Corda Bamba”, saiu por um acaso, que tinha um samba sem nome. Contactei uma produtora em Salvador e coloquei a idéia no edital da Petrobras, foi aprovada.
Nessa época eu já pensava em gravar solos de violão de meu pai, mas preferi gravar um disco tendo eu como músico, o meu trabalho. Acho que as pessoas rotulariam muito, eu como filho de Elomar gravando as obras dele. Para evitar que essas rotulações viessem a incomodar, fiz esse trabalho primeiro. Ter um disco é uma espécie de status, mas necessário, dá visibilidade.

A CONQUISTA - Por trabalhar com música erudita, suas canções resultam numa combinação de alguns instrumentos. O que pensa a respeito de introduzir o elemento da voz nas músicas?

João Omar- Eu também canto. Cantar é difícil, acho que é uma exposição muito direta e forte. Meu pai me colocou para cantar numa faixa do disco dele que eu acho terrível. É uma questão de prática, de sentimento e vontade também. Penso em gravar... Tem músicas que combinam com minha voz. Componho música com letra, já musiquei textos para peças de teatro, volta e meia, um amigo ou outro, faz uma parceria.

A CONQUISTA - Já que teve uma formação musical diferenciada dos moldes “artísticos” da mídia, o que teria a dizer sobre as músicas comerciais?

João Omar- As pessoas estão muito preocupadas apenas com esse aspecto comercial, refletido em muitas das músicas que estão aí rolando - que enganam uma grande parte da população. Eu não considero que isso seja arte não. Com certeza não é arte, é um produto. Agora, existe música, que é de fato uma música feita com arte, esmerada com cuidado, com todos os qualitativos necessários para que ela seja expressão do ser humano. Agora, enquanto é apenas a sobrevivência, apenas alguém que quer ganhar dinheiro... Não acho que seja arte, não.

A CONQUISTA - Você não consideraria isso como cultura popular não?

João Omar- Não. Talvez “pra pular”. Agora, “popular”, tem que ser uma coisa muito mais autêntica para ser considerada uma cultura popular. Porque eu acho que a cultura é de massa. E não considero cultura popular como cultura de massa. Massificar uma coisa teria uma conotação de desgaste dessa coisa. É como massificar a quinta sinfonia de Beethoven. Pra mim, a cultura de massa, de massificação, é a cultura de alienação, domínio de mercado, onde tudo é muito direcionado e meticulosamente estudado para se ganhar dinheiro, e aí, acaba-se caindo na malha do comércio. E isso, eu não consigo entender que seja arte.

A CONQUISTA - Conte-nos um pouco da sua história como músico... Alguma fase da sua vida que tenha sido importante ao ponto de ser lembrada?

João Omar- Encontros com repentistas do nordeste foram marcantes para determinar o que a alma nordestina me diz muito claramente, muito forte. Acho que manter contato com a cultura deles, como Ivanildo Vila Nova, Jacinto Silva, Geraldo Amâncio, Oliveira de Panelas, conseguiu, de uma forma espontânea, me musicalizar. O aboio dos vaqueiros... Toda minha convivência na fazenda, nos contatos com esses cantos, foram decisivos para minha formação.
O contato com a faculdade, quando você entra e trabalha música universal, que não tem fronteiras, conhecendo vários estilos; a Escola contemporânea, quando a grande revolução dos estilos, a consciência artística, do tempo, da questão de artista e contexto, acontecem, é chocante. Muitas pessoas não ligam pra isso, elas simplesmente vivem e produzem, e a vida vai acontecendo...
A influencia artística é forte, e talvez filosófica também. Porque a gente tinha em todos os domingos, verdadeiros colóquios filosóficos, sempre ouvindo muita música erudita. Engraçado, essa formação assim foi decisiva.

A CONQUISTA - Além de Coordenador de Cultura aqui em Vitória da Conquista, também atua como voluntário no Ponto de Cultura, da Casa de Cultura. Quais trabalhos você tem desenvolvido nas coordenações?

João Omar- O papel de uma Secretaria de Cultura é respaldar as classes artísticas, a garantir para a população, atividades incorporadas no calendário da cidade, e permitir que várias outras instituições realizem também suas atividades culturais. “Permitir” no sentido de apoiar, regularizar e dar auxílio. No caso, reconhecemos os valores locais e estruturamos formatos que possam ser potencializados para serem visíveis e reconhecidos pela própria sociedade local. Nisso, variam os mecanismos e as formas.
Na realidade, existem dois projetos que estão sendo inaugurados agora. Um é o “Tom da Terça”, para valorizar o músico local, com apresentações todas as terças-feiras na Praça Nove de Novembro. O projeto “Fechando o Beco”, como o próprio nome já sugere, consiste em fechar uma rua, um beco, e desenvolver várias atividades artísticas, não priorizando apenas a música, como também atividades circenses, teatro, literatura... Ter esse espaço de convivência e de exposição em rua de objetos culturais, é o que estamos buscando, de modo que corresponda a uma demanda que eu acho que ainda falta aqui na cidade.
O “Domingo por Encantos”, por exemplo, é um projeto que atua em bairros periféricos através de arte, cultura, programas de saúde e atividades das redes de atenção, do desenvolvimento social. É como se fosse uma espécie de mutirão que une as secretarias para potencializar as atividades nos bairros.
O “Por isso é que eu canto”, é um programa de calouros que até o final do ano estará acontecendo, que de vez em quando, revela pessoas que cantam muito bem, indo pra o âmbito profissional.

A CONQUISTA - Como tem sido o trabalho desenvolvido do Cine Seis e Meia na Casa de Teatro Carlos Jeová? Qual importância e que leitura você atribui ao cinema hoje na contemporaneidade, enquanto um instrumento capaz de formar visões de mundo?

João Omar- No Cine Seis e Meia mostramos filmes de produção nacional que estão bem fora de circulação. É um projeto que acontece desde o início 2008 e se conduz através dos critérios de exibição audiovisual, pelo programa “Cine + Cultura”, do Ministério da Cultura, aqui na cidade, com entrada franca na Casa de Teatro Carlos Jeová. Tem como objetivo a valorização do cinema nacional, que tem ganhado cada vez mais espaço.
Por outro lado, ainda é insuficiente, devido a confecção ser muito difícil e a formação de platéia. Sou extremamente crítico, não tenho medo de qualquer “represália” tanto por parte de músicos, cineastas, ou do que qualquer que seja.
O cinema vive um glamour tardio, em termos de eventos e acontecimentos. Ele é vítima dos meios de difusão, que não permitiram uma formação artística, partindo dos berços familiares da televisão e das grandes redes. Esses meios não propunham, não pensam, e nem sequer têm um compromisso nesse sentido, se não o compromisso de fato comercial, o que acho indubitável.
O cinema contemporâneo, a meu ver, tem produções fantásticas e magníficas, completamente desconhecidas, enquanto que outras vivem no glamour, numa espécie de “Hollywood do terceiro mundo”. Não gosto muito dessa idéia, e isso me incomoda em parte. Logo o cinema, que depende de tantas pessoas para se realizar. É o mesmo que você estar com uma orquestra gigantesca e o mérito ficar somente na figura do maestro.

A CONQUISTA - Como avalia os artistas locais e de que forma enxerga as produções culturais daqui de Vitória da Conquista?

João Omar- Temos pessoas com um nível que pode estar exportando para outros lugares. Artistas plásticos que podem participar de salões tanto estaduais, quanto nacionais. Acho que temos músicos muito habilidosos, que podem representar mesmo a cultura local, com o próprio trabalho.
Temos algumas expressões que estão se destacando. No bairro Brasil, por exemplo, existem inúmero grupos musicais, na maioria de hiphop. Queremos valorizar esses artistas, fazendo com que eles integrem mais as atividades. Ou seja, incluir pessoas que queiram fazer um trabalho com compromisso.
Existem inúmeras carências em relação a espaço e infra-estrutura, que precisa de condições mínimas de capacitação técnica para o desenvolvimento de eventos. Falta desenvolver mais nesse sentido estrutural.
Mas, temos que reconhecer que na cidade a cultura acontece. Realmente é importante dar uma visibilidade à isso para que as pessoas possam reconhecer e participar mais. Temos a Mostra de Cinema em outubro, O Festival de Música da Uesb, o aniversário da cidade, Natal da Cidade, Conquista Criança...

A CONQUISTA -  Em sua opinião, de que forma as produções culturais poderão ser vislumbradas daqui a certo tempo?

João Omar- O que de mais interessante acho que está acontecendo no Brasil, e que é refletido nos municípios, é o Sistema Nacional de Cultura. Ele visa uma organização alinhada de todas as cidades do país para relações e comunicação rápidas e claras, com um fluxo de distribuição de verbas lúcido e mais democrático. Essa parte política, com a centralização dos recursos, ajudará no primeiro encontro de Pontos de Cultura Teia de Vitória da Conquista, a fim de mobilizar e conscientizar as pessoas para o entendimento dessas políticas. Por meio das verbas locais, poderemos desenvolver editais de audiovisual, literatura, artes cênicas, artes plásticas etc. Vai haver uma mudança substancial, acho que talvez a grande novidade. É mais importante do que ficarmos procurando criar eventos. Queremos potencializar as pessoas para que elas desenvolvam seus próprios trabalhos e criem seus próprios eventos.

Obras ampliam estrutura da UESB


Depois de sete meses aprovadas, as obras na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia saem do papel orçamentário e viram realidade

Iniciadas em 22 de julho, as obras na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, que abrangem os três campi, Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga, podem sofrer atrasos e se estender até o final deste ano. “A obra não está avançada e talvez não consigamos concluir no calendário previsto”, explica a Assessora de Obras e Projetos da Universidade, Eluzilândia Teixeira. Os recursos são provenientes do Ministério da Educação (MEC) e, também, por parte do Governo do Estado.
De acordo com informações do Reitor da Universidade, Abel Rebouças, e da Assessora de Obras, o orçamento foi aprovado no final do ano passado, mas as verbas não foram liberadas de imediato pelo Governo do Estado para que as obras começassem desde o início do ano, como deveriam acontecer. “Infelizmente em função de uma crise que abalou a economia da Bahia, e que o Governo acabou repassando para as universidades, ficamos impedidos de iniciar essas obras em Janeiro, no período de recesso”, lamentou o Reitor.
A primeira fase de obras, já iniciada, resulta de recursos diretos do MEC, e é voltada para a implantação da pavimentação asfáltica, devendo ser concluída até o final desse mês. Segundo o Reitor da Universidade, Abel Rebouças, “essas obras que tiveram captação de recursos fora do orçamento da universidade, avançaram”. As construções e reformas que dependiam da verba do Governo do Estado, foram liberadas recentemente e só agora puderam ser reiniciadas. No entanto, ainda não são suficientes para complementar o orçamento. “Temos pelo menos 10 obras em andamento até o final deste ano”, salienta o Reitor, e acrescenta, “estamos buscando outros recursos junto a outros ministérios, a bancos e outras instituições”.
A segunda fase já em andamento, consiste na construção de sarjetas (guias para águas de chuvas), e deverá ser concluída também até o fim do ano, de acordo com a Assessora de Obras, Eluzilândia Teixeira.
Além da pavimentação asfáltica e a construção das sarjetas, os três campi passarão por reformas e ampliações. No campus de Vitória da Conquista, será feita a segunda etapa da Residência Universitária, a construção do módulo do curso de Engenharia Florestal, do módulo de salas de aula, fábrica de doces e biscoitos (recursos via emendas parlamentares por meio de projeto) e também a pintura nos prédios acadêmicos. No campus de Jequié, será construído o restaurante universitário, a sala de esterilização do curso de Odontologia e pequenas reformas nos laboratórios. Já na Uesb de Itapetinga, os cursos de Engenharia Ambiental e Química, ganharão um novo módulo acadêmico, além da conclusão do módulo do Cedetec.
Alguns estudantes têm se queixado quanto ao acesso aos ônibus dentro da universidade - principalmente em períodos de chuvas -, e em conciliar as aulas com as obras. Para a estudante do VIII semestre de Direito, Ana Carolina Sanches, “ficou desorganizado o período da reforma, que coincidiu com o início das aulas, isso atrapalha um pouco”. No entanto, Carolina reconhece os benefícios que a universidade receberá com as obras.
A Assessora de Obras e Projetos, Eluzilândia Teixeira, informou que 70% dos ônibus estão tendo acesso à universidade, fazendo o trajeto de ida e volta dentro do campus na via principal, com estacionamento próximo aos módulos 1 e 2. Os demais ônibus, ficam na parte externa da universidade até que as obras sejam concluídas.

Artigo publicado gera discussão sobre a TVE UESB

Texto polêmico sobre o Sistema Universitário de Rádio e Televisão Educativas da Universidade pode estimular debate a respeito da TVE Uesb, canal nº. 4

  
Um artigo publicado recentemente em veículos de comunicação onlines de Vitória da Conquista, com título, “Debatendo a Comunicação na Uesb”, do professor do curso de Comunicação Social, Dirceu Góes, discute a respeito do Sistema Universitário de Rádio e Televisão Educativas da Universidade, o SURTE. A polêmica abre espaço para discussões sobre as TV's universitárias e provoca reflexões sobre o papel social da TVE Uesb, enquanto veículo de caráter público com deveres democráticos.
Segundo consta no artigo, a recente saída da Portaria nº 1094, de 1º de julho desse ano, assinada pelo vice-reitor da Uesb, Rui Macedo, nomeia o professor Francis José Pereira a exercer o cargo de Assessor Geral do Sistema de Comunicação, para responder também como Diretor do Sistema de Rádio e Televisão Educativas da Universidade. Posto que, a portaria tem caráter retroativo de 10 meses, tempo em que o nomeado já exercia função, desde 1º de setembro de 2008.
O autor do artigo, Dirceu Góes, também conselheiro do SURTE, já foi o diretor de jornalismo da TVE Uesb, através do convite que Francis Pereira, o então nomeado, o fez quando assumiu a Direção da TVE Uesb, segundo relata, em entrevista, o Presidente Deliberativo do SURTE e Pró-reitor de Extensão da Uesb, Paulo Sérgio.
Em seu texto, o professor Dirceu Góes questiona as atribuições do cargo de “Assessor Geral do Sistema de Comunicação”, “que não tem tempo para gerir e motivação em representar o Sistema de Rádio e Televisão Educativas da Universidade”, ao argumentar que a portaria retroativa reveste-se de “dissimulação e de um propósito em adulterar a personalidade da TV e da Rádio”. Além disso, Góes cita a resolução do Conselho Superior de Ensino, o CONSU, instância máxima da Universidade, e em entrevista torna a sustentar, que “o professor Francis não desempenhou aquelas funções cabíveis ao diretor, conforme previsto na resolução”. Salienta também em seu artigo as atividades, executiva (publicitária), do então nomeado, como empecilhos para exercer as competências do ofício. Para Góes, a portaria reduz “sua amplitude pública para uma condição de assessoria específica, meramente institucional”, referindo-se à TV e a Rádio da Uesb.
De acordo com o pró-reitor e presidente do SURTE, Paulo Sérgio, “para regulamentar uma situação que estava vaga, solicitei a portaria do reitor” e, “então o professor Francis foi convidado pela Reitoria para ocupar o cargo”, conta. O mesmo reconhece as dificuldades para administrar os cargos na universidade, mas discorda do artigo, “são denúncias precipitadas, a meu ver, inverídicas na maioria das colocações”.
Segundo o parecer jurídico do auditor fiscal da Receita Federal e professor de direito da Uesb, Sr. Marcelo Machado, “o ato em si é legal, foi praticado por um agente político competente, utilizando-se de um instrumento adequado que é a portaria”, e deixa claro, “não percebi uma ilegalidade manifesta por tal portaria”. Por outro lado, pode o assessor exercer atividades de executivo? Para Machado, “isso é uma controvérsia. Acho que não deve ser atribuído ao assessor desenvolver atividades executivas”.
O pró-reitor, Paulo Sérgio, explica que “desde setembro (do ano passado) o professor Francis está com a incumbência de administrar o SURTE. Ele estava acumulando inclusive duas outras funções: a assessoria de comunicação e a televisão”. Na opinião de Machado, “é extravagante atribuir competência executiva àquele que foi nomeado como assessor, dá margem para abusos”. Porém, é uma questão que “deve ser analisada no concreto, em casos a serem devidamente demonstrados e comprovados”. Para Machado, a portaria não contraria a resolução do CONSU, citada no artigo, porque “não é o papel dela vedar o procedimento, e sim regulamentar”.
A fim de clarear alguns pontos pautados no artigo, nossa equipe buscou ouvir as possíveis colocações que o professor Francis José Pereira teria a fazer. Mas o assessor não quis ceder entrevista. O Sr. Paulo Sérgio afirma que “houve problemas, que estou considerando particulares, conjunturais”, referindo-se aos professores Francis e Dirceu (que desde o mês de maio desse ano, então diretor de jornalismo da TVE Uesb, não exerce mais o cargo).
Segundo Dirceu Góes, o real motivo que o levou a sair da TVE Uesb, se deve “a desilusão com a estratégia de condução da qual eu discordo. Por exemplo, como é que o núcleo de produção de programas pode nascer dentro de uma assessoria de comunicação, e não dentro da própria televisão?”.

TV pública e universidade

“É necessário discutir conceitualmente o que vem a ser uma Televisão Pública”, esse é o parecer do coordenador e professor de Jornalismo da Uesb, e também conselheiro do SURTE, José Duarte. “Se fosse esperar pela conceituação, a Televisão não estaria no ar, e nós iríamos perder a concessão”, referindo-se à TVE da universidade. “Eu acho que tem alguns problemas. Certos programas que estão no ar... Não têm que copiar o modelo da televisão comercial”, opina o coordenador.
Para o estudante de Comunicação da Uesb, e representante regional da ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social), Paulo Maurício, a composição do SURTE, “não se apresenta muito democrática, visto que só há uma cadeira para um movimento ou organização social, mesmo assim, é de indicação do reitor. Os estudantes, também, só têm direito a um voto neste conselho”.
Para uma orientação mais clara do que venha a ser uma TV pública e universitária, o fundador e Presidente da Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU), Cláudio Márcio Magalhães, em artigo publicado, explica que a Tv pública, “sem fins lucrativos, com mecanismos de participação e fiscalização social, volte-se para a promoção da educação, cultura e cidadania, para a melhoria da qualidade de vida da sua comunidade, para a democratização da informação e do conhecimento, que encare a necessidade da grande parcela da população - assim como as carências de apenas um - como se fosse de todos”.
Em opinião sobre a TV universitária, a ex-estudante da Uesb, formada em Comunicação, Morgana Gomes, entende que “se uma determinada instituição se sente dona dela, cai-se num vício típico dos jogos de poder. Acho que a gestão destes aparelhos deve ter um caráter coletivo. A Comunicação e a Política andam mais juntas do que se supõe. A sociedade deve reivindicar o seu espaço na TVE Uesb, e impedir que ela seja mais uma triste experiência do Estado”.
Para o estudante Paulo Maurício, “a TV deve buscar estar atrelada à universidade e não somente a assessoria de comunicação da instituição, como ocorre. Muitos funcionários, estudantes e professores nem sabem onde ela funciona”. Maurício acredita na necessidade urgente do veículo ser avaliado. “Por quem? Pela comunidade universitária e conquistense”, conclui.
O Presidente Deliberativo do SURTE, afirma que a TV possui seis estagiários, estudantes de comunicação, e que os projetos de socialização para a universidade, através da abertura de editais de extensão vão acontecer, buscando captação de recursos com outros órgãos, “para que professores, servidores, alunos, acompanhados pela coordenação, possam propor à pró-reitoria de extensão, programas, que vão ser avaliados pelo conselho para serem implementados”. Ele entende que é um momento de ascensão e organização, “a televisão vem cumprindo sua tarefa”. O pró-reitor, salienta também o papel que a TVE Uesb vem desempenhando: “levar para a comunidade que ela é também responsável pela sua universidade, a informação da sua universidade, a comunidade está passando a conhecer a sua universidade”. Mas admite, “acho até que está faltando mais alguma coisa”.
Dirceu Góes tem visão diferente, “a TV Pública deve ter o máximo de independência para fazer telejornais isentos; onde não haja censura aos temas e as pessoas; com matérias didáticas; sendo educativa e crítica, com discursos plurais. Os que conduzem hoje a TV UESB acham que o meu pensamento é o de uma pessoa ‘romântica’. Entretanto, eu acredito ser possível construir utopias, contanto que se tenha disposição, recursos e cabeça aberta para tanto”.
Para o auditor-fiscal, Marcelo Machado, “é interessante essa discussão, a universidade tem que ser palco das controvérsias, das polêmicas, porque é a partir disso que ela cresce”.

AREZZO Estação Black

Arezzo Estação Black
O frio não intimida a moda, que nesse inverno esquenta o visual da mulher conquistense com a tendência Black Disco. Um luxo!              

Já era tormento de esperar e até causar ansiedade para saber qual seria a próxima irreverência de inverno da Arezzo. Moderna e clássica, a coleção reinventa conceitos e revisita tendências dos anos 80 e 90. Com o preto frente-cor da estação, além dessa exuberante tendência Black Disco, pode se ver muito luxo e glamour pelas vitrines da Arezzo em Conquista, tanto no Shopping Conquista Sul, como na 7 de Setembro, do Centro. A coleção também aposta no resgate a décadas passadas, tendência Glamour Velha Guarda, com direito a muitos peep-toes e scarpins com plataformas, que não podem faltar.
É nos detalhes e materiais que se encontra o segredo das tendências. Tachas, correntes, fivelas, metais, pedras, tiras, tressês e diferentes texturas vêem para compor outros tons, como cinzas grafite e marrom: uma arrojada proposta de aventura, da mulher que supera fronteiras, explora viagens, diversas culturas e universos. Para as amantes de brilho, nos metalizados e pedrarias, a aposta Black Disco se funde aos anos 70, com os vestidos de paetê, leggings, acompanhados da mais nova proposta desse inverno, as sandálias pesadas, decoradas de tachas, zíperes e fivelas, o grande sucesso da estação, numa tendência rock.
As bolsas trançadas, super trabalhadas, com camurças ou couro amassado, evidenciam requinte e beleza incomparáveis! Os scarpins podem acompanhar texturas de animais, enquanto que as botas, sandálias-botas, plataformas estão em alta na coleção.
Para as mais discretas, as sapatilhas, as adoradas plataformas clássicas e as rasteirinhas, são acompanhadas das multitiras, que vem para colorir, ao mesmo tempo que revigoram o charme sutil das sandálias, que só a Arezzo tem.
Soraya Gesteira, arezzete de plantão, recomenda que “para esquentar o inverno de Vitória da Conquista, as botas, que vieram para todos os gostos e propostas, são uma excelente aposta para enfrentar um inverno com conforto sem perder a elegância”. Com oito anos no mercado, Soraya Gesteira que assume as duas franquias Arezzo, elogia as mulheres, “é um público que tem bom gosto e requer produtos de qualidade. E isso, não é problema, porque temos de sobra! Nossa equipe está de braços abertos para um atendimento personalizado com a atenção e o respaldo que a mulher conquistense precisa.”
Acha que acabou? Não acabou não! O inverno é uma estação, que de fato, agrega muitos elementos. E a Arezzo, sempre sintonizada com o mundo mulher, tenta de todas as maneiras atender as aspirações femininas. Nessa coleção, o quite inverno, com cachecol, gorros e luvas, chega para integrar o clube dos outros acessórios, como os lenços, óculos, pulseiras, cintos e carteiras. Com o lançamento na coleção passada, dessa vez, os esmaltes vem em verniz, com cores como o azul, grafite, petróleo, furtacor e todos os tons da coleção. A mais nova novidade são os indispensáveis minigloss que fazem a boca da mulherada ficar mais iluminada, com os tons da moda. 

Novo Jornalismo


O Novo Jornalismo, Jornalismo Narrativo, ou o que chamo de Jornalismo Literário, foi um estilo de narrativa jornalística emergido na segunda metade do século XX. A "nova" forma é cristalizada numa narrativa jornalística que usa técnicas literárias para contar fatos da realidade. Há quem diga que surgiu na imprensa americana nos anos 60, mas publicações latino-americanas anteriores sucumbem o boato. Foram o argentino Rodolfo Walsh e o colombiano Gabriel García Márquez que inauguram a arte, aqui na América Latina. Era na década de 50, que Walsh lançou o livro-testemunho, "Operación Massacre", que revela uma trama oculta de uma série de massacres de militantes políticos, civis e militares na zona norte da Grande Buenos Aires. E "Relato de un náufrago", uma reportagem literária, de García Márquez foi publicada em 55, com base na entrevista do único sobrevivente do naufrágio do navio A.R.C. Caldas. Para o autor, a crônica jornalística representa "um conto que é verdade". O escritor Martín Caparrós, diz que trata-se de um jornalismo abrigado pela literatura, o que torna a leitura mais instigante, "porque cria uma cultura e não fala de uma que já existe".
Nos Estados Unidos, o Novo Jornalismo consagrou nomes de repórteres americanos que migraram para a literatura. São eles, Tom Wolfe, Truman Capote, Norman Mailer e Gay Talese. Este último, inclusive, traz mais uma definição: “O novo jornalismo, embora possa ser lido como ficção, não é ficção. É, ou deveria ser tão verídico como a mais exata das reportagens, buscando embora uma verdade mais ampla que a possível através da mera compilação de fatos comprováveis”.

Jornalismo Literário vive “boom” na América Latina


Livros, revistas, coleções, workshops, prêmios... crônica jornalística está em alta no continente
Quem procura histórias, mas não quer se esquecer da realidade, encontra na América Latina uma literatura potente, cara à mente e ao coração: a crônica jornalística. Não é de agora que o chamado jornalismo narrativo (ou literário, como preferir) vibra nas letras de grandes autores latino-americanos. Hoje, no entanto, fala-se hoje de um “boom” da crônica de não-ficção no continente.
E as evidências não são poucas. Nos últimos anos, proliferaram as revistas, as coleções, os workshops e os prêmios voltados ao gênero.
Falando das primeiras, é de chamar a atenção que certa escassez na oferta cultural de muitos países da região não afete a variedade de títulos dedicados às crônicas da vida. Temos, sem pretensão de uma lista definitiva: Gatopardo (México, América Central e países andinos), Etiqueta Negra (Peru), The Clinic e Paula (Chile), Elmalpensante e Soho (Colômbia), Pie izquierdo (Bolívia), Marcapasos(Venezuela) e, ufa, Piauí, no Brasil.
Se a lista de publicações é extensa e crescente, a de autores anima muito mais. Eles podem ser veteranos, como o argentino Martín Caparrós, o nicaraguense Sergio Ramírez, o mexicano Juan Villoro, o colombiano Héctor Abad Faciolince e o porto-riquenho Hector Feliciano. Ou então dar corpo a uma safra de novas vozes, na qual se destacam os peruanos Julio Villanueva Chang, Daniel Alarcón, Daniel Titinger, Gabriela Weiner e Toño Angulo. Todos eles alçados à “fama” graças ao sucesso de Etiqueta Negra, revista editada em Lima na qual já publicaram seus textos escritores tão respeitados como Jon Lee Anderson, Alma Guillermoprieto, Francisco Goldman e Susan Orleans, habituais da bíblia do jornalismo narrativo, The New Yorker.
 
Garcia Marquez, que acaba de completar 85 anos, continua sendo expoente da crônica jornalística latino-americana
Por sinal, costuma-se dizer que vem do norte a semente inspiradora dos cronistas latinos, o que não é verdade. Antes de surgirem nos Estados Unidos os cânones da narrativa jornalística típica da New Yorker, lá pelos anos 1960, aqui na terrinha se arriscaram nessa arte figuras como o argentino Rodolfo Walsh e o colombiano Gabriel García Márquez. Era a década de 50 quando Walsh lançou “Operación masacre”, livro-testemunho que revela a trama oculta de uma série de massacres de militantes políticos, civis e militares nos lixões de José León Suárez, zona norte da Grande Buenos Aires, em 1956.
García Márquez – que em 1955 publicou a reportagem literária “Relato de un náufrago”, baseada em entrevistas com o único sobrevivente do naufrágio do navio A.R.C. Caldas – afirmou certa vez que o nosso continente se fez por suas crônicas. Para o ganhador do Nobel, nos relatos dos cronistas de Índias já se assomavam os germes do chamado realismo mágico e do estilo latino-americano de contar histórias descrevendo a vida cotidiana.
Jornalismo com alma
Mas o que é, finalmente, a crônica jornalística? “Um conto que é verdade”, explicou García Márquez. Para Martín Caparrós, ela resulta de certo jornalismo abrigado pela literatura e que é muito mais instigante do que o tradicional, “porque cria uma cultura e não fala de uma que já existe”. Se for realmente boa, uma crônica não inventa ou celebra o surpreendente, mas trata de descobri-lo, fazendo com que o leitor se interesse por algo que em princípio não lhe preocupava nem um pouco.
A febre atual
Quem quiser ficar em dia com o novo ímpeto da crônica jornalística latino-americana encontra em duas publicações recentes uma saborosa compilação de crônicas – e também de textos sobre a arte de escrevê-las.
A primeira é a “Antología de la crónica latino-americana actual”, organizada por Darío Jaramillo Agudelo e lançado pela editora Alfaguara. Depois tem “Mejor que ficción. Crónicas ejemplares”, a cargo de Jorge Carrión, pela editora Anagrama. Por enquanto, tudo em espanhol e para ser encomendado de fora, é verdade, mas nada que um leitor em busca de uma boa leitura não assimile com prazer.
Quem sabe, no futuro, editoras (daqui, de lá) não se esforcem mais para encarar novas compilações que misturem autores brasileiros e hispânicos. Afinal, por aqui essa febre encontra eco também – e latinos com capacidade de assombro diante da nossa mágica realidade somos todos nós. 

O Bailão do Ruivão abalou bangu, em Ilhéus


Nando Reis e os Infernais fizeram a alegria do público neste final de semana no Boca Du Mar
Enérgico e intenso, Nando Reis abriu o show com toda performance e irreverência que o artista tem direito, ao lado da Banda os Infernais. Estreou com o sucesso “Sou Dela” e emocionou a platéia com muitos dos seus clássicos. A festa se iniciou com o baiano Peu Delrey e em seguida o Bailão do Ruivão entrou no salão para animar a noite, que se encerrou com o reggae da banda Mascavo. Esta é uma iniciativa da MV1 Eventos, vinculada à M21 Publicidade e Propaganda.
Cada vez mais a cena cultural da região tem se intensificado com a realização de eventos como esse, que também tem destinado espaço para artistas da nossa região. “O Bailão do Ruivão é um show que muitas pessoas queriam assistir. Ver o trabalho de toda uma equipe tornando isso realidade é uma grande alegria”, comemora o executivo da MV1, Marcos Lessa.

O acrobata frenético energiza o público
Tomado de surpresa com a corda de seu violão que quebrou, o Ruivão não economizou em sua performance artística, explodindo extasiado de calor, freneticidade e irreverência. Um verdadeiro rapaz com diagnóstico de hiperatividade acentuada. Era visível o quanto Nando Reis necessitava do seu violão em seus dedos famintos para expandir toda sua energia na música. Perder por alguns instantes aquele que é praticamente a extensão do seu braço, foi o mesmo que ver um homem sem um pedaço do seu próprio corpo, alucinado, buscando desesperadamente interagir com qualquer coisa solícita a ele: o circulador de ar. Sim, encenou quase que um encontro amoroso com o ventilador do palco, enquanto cantava cheio de emoção e carência. O assistente tocou o violão e por isso o arranjo da música não ficou desfalcado com a falta acústica do instrumento, mas pudemos presenciar a oportunidade única de assistir um músico em pleno ato artístico e inusitado, sem os seus acordes em mãos, quase desesperador.
De férias e residente em Vitória da Conquista, a jornalista Carolina Coelho não resistiu aos encantos do litoral ilheense, onde já viveu parte de sua infância, e aproveitou para curtir esse show ao lado de amigos. “A produção da MV1 surpreendeu nossa expectativa, a festa está bacana, muita gente bonita, som de primeira qualidade, segurança... Encontrei com meus amigos, estou matando a saudade e vou voltar pra casa feliz da vida!”, afirmou a jornalista.

Assessoria de Comunicação. Afinal, pra quê?


Por Anna Karenina de Oliveira
Registro nº 4085/BA

A Comunicação, do Jornalismo à Publicidade, acopla diversas áreas e reúne vertentes bastante peculiares em seu pluralístico universo. Apesar de ainda ser desconhecida por muitos, a assessoria de comunicação existe desde 1906, quando o jornalista americano Ivy Lee resolveu transformar a imagem do empresário mais odiado dos EUA, o barão Rockfeller, na opinião pública. O jornalista se dedicou a cuidar da imagem de empresas e instituições através da divulgação de informações de corporações por meio da imprensa. As organizações estabeleciam sua comunicação com a sociedade através de notícias divulgadas jornalisticamente, o que representou, naquela época, a humanização dos negócios. Ou seja, as relações públicas em linha direta com a alta administração. Organizadas, as instituições passaram a atuar como fontes e mediar uma demanda social de informação propagandística como natureza.
No Brasil, as assessorias se espalharam com o Governo JK, em 1964, quando as multinacionais já se estabeleciam junto às Relações Públicas, e as assessorias de imprensa automaticamente se incorporavam no serviço público e iniciativa privada, com o sentimento prévio de zelar pelo valor público da informação.
Especializada em criar notícias, organizar, planejar e executar estratégias criativas de comunicação para instituições, empresas ou pessoas, as assessorias de comunicação atualmente também podem operar com funções de pesquisa, planejamento, diálogo e avaliação com o público a que a organização se destine, para que ambos se adaptem mutuamente. Empresas e instituições também passam a se relacionar com a imprensa de modo que forme positivamente uma imagem de crédito, de acordo com seus interesses perante a opinião pública, através dos meios de comunicação.
Faz-se necessário um profissional da comunicação habilitado para mediar e interligar os interesses institucionais com seu público alvo e também através da imprensa. Para isso, é preciso estabelecer imagem, reputação e instilar confiança aos clientes. A informação organizacional é um meio de alcançar seus objetivos e interesses, por isso se atualiza e se mostra, relacionando-se continuamente com a rede de informações. 
A tendência atual, é que cada organização possua um porta voz competente das técnicas de comunicação a contribuir para o mútuo entendimento entre grupos e instituições, como também para manter harmonia entre o público e o privado. 
A prestação de serviços no campo da assessoria de comunicação beneficia a sociedade quando o público tem desejos e interesses levados em consideração pelas instituições e, também, quando ajuda a sociedade a tomar decisões e a obter conhecimento específico para seu melhor funcionamento.
Com a internet, essa necessidade de comunicação torna-se ainda mais intensa e dinâmica: o não lugar permite que essa teia leve informações de modo mais rápido e com grande poder de alcance.
Em linhas gerais, a comunicação para empresas dá unidade a um conceito de empresa, harmonizando interesses, evitando a fragmentação do sistema, promovendo internamente, sinergia negocial e, externamente comportamentos e atividades favoráveis à organização.
O assessor atualmente deixou de ser apenas um emissor de releases, despontando, hoje, como um produtor ou mesmo um executivo de informações, intérprete do macroambiente.

Folha da Praia


Folha da Praia: 20 anos...
...uma história de conquistas e sucesso


Quando decidiu criar a Folha da Praia na década de 90, o empresário jornalista Roberto Santana jamais poderia imaginar que de um jornal, o periódico se tornasse o que é hoje: “uma revista que faz parte da história de Ilhéus, com 132 edições”, define.
A idéia inicial se concretizou na criação de um tablóide especializado na editoria de turismo, sendo distribuídos cinco mil exemplares gratuitamente em Ilhéus e região. “O jornal era preto e branco, com papel de livro, de alta alvura, e o sucesso foi tão grande que ampliamos a cobertura para as variedades”, relembra Santana, pois outros temas ganharam importância no cenário social da época. No entanto, ele percebeu a pequena durabilidade do jornal. Foi quando “meu amigo da Gráfica Mesquita me incentivou, ‘rapaz porque você não faz uma revista, que dura mais? ’”.
Por quatro anos o impresso conseguiu se sustentar, e em 1994 transformou-se em uma nova revista na região, com capa colorida. Entre capas e contracapas de cor, “Caderno da Mulher em Destaque” com papel rosa, e a cada novo lançamento, as novas tecnologias foram tomando conta dos veículos impressos, com a qualidade e modernização da imagem. O que um dia foi metade em preto e branco e outra metade colorida, hoje o que não falta na Folha da Praia é cor em todas as suas páginas.
Editorias de turismo, à sociedade, economia, cidade, esportes... A Folha da Praia comemora em 2011 o ano nº 20, com distribuição de dez mil exemplares a cada nova edição. “Tenho clientes desde a edição número zero. Ninguém seria doido de investir numa coisa que não dá certo. É preciso levar a sério, respeitar o público, o cliente, e procurar sempre inovar, acompanho a evolução”, afirma Santana. Para ele, o veículo representa um grande ganho na comunicação, difundindo cultura para toda a camada social.

Perfil
Roberto Santana começou sua carreira cedo, antes da graduação, em 1974, como radialista. Assumiu a redação de muitos jornais, como o Diário da Tarde, em Ilhéus e o Diário de Itabuna. Em seguida, formou-se em Jornalismo no ano de 1980, pela Faculdade de Comunicação Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, onde trabalhou na Block Editores, com a Revista Fatos & Fotos. Em Salvador atuou na Manchete, Jornal da Bahia, Tarde da Bahia, quando retornou para a região e passou por muitos jornais. Assumiu a assessoria de imprensa da Coopercacau Central por 15 anos, quando rm 1990 resolveu fundar a Folha da Praia.

INconveniências Sex Shop


Que tal apimentar?
Para quem pensou em gastronomia, está muito enganado. Quando o assunto é tempero na relação, a Inconveniências Sex Shop garante entender muito bem da sua especialidade.

Embora saiba que a sociedade ilheense vem de uma geração educada nos moldes coronelísticos do Cacau, com regras, preconceitos e valores rigorosos, a empresária Nayara Ligouri apostou num seguimento bastante ousado quando resolveu abrir um Sex Shop na região, em 2006. E deu certo.
Foi numa viagem para Amsterdã, que a até então professora despertou sua visão empreendedora, quando a passeio encontrou muitas lojas desse segmento nas ruas da cidade. Depois de participar de uma feira em São Paulo, a empresária não teve dúvidas e abriu uma loja em Ilhéus. “Não é fácil abrir um Sex Shop. Tem que ter todo um cuidado no atendimento, que deve ser personalizado para que o cliente se sinta a vontade”, conta Ligouri. Apesar dos tabus, na superação de desafios, há quatro anos a Inconveniências está no mercado, com loja ampliada em Ilhéus (Shopping It’art). Além disso, a empresa expande seus projetos com abertura de outro Sex Shop para o ano que vem em Itabuna.
Quando se trata de uma loja especializada na vida íntima e sexual, muitas pessoas confundem os seguimentos. A Inconveinências tem sua identidade, “não é uma loja de lingerie que vende produtos de Sex Shop. Não. É um Sex Shop mesmo que vende lingerie, como complemento”, define a empresária.
Para as mais tímidas, o site na internet e o serviço de entrega da Inconveniências são bastante eficientes. A clientela tem o conforto de receber em casa aquele “Q” a mais que faltava. Cidades como Una, Canavieiras e Itabuna solicitam constantemente o serviço de entrega da loja. Segundo a empresária, muita gente tem a curiosidade de conhecer o Sex Shop, mas não vai por timidez, não sabe nem o que é. “O Sex Shop é uma loja normal, como outra qualquer. Tenho muitas clientes de bairro, e até do próprio comércio mesmo, as pessoas sempre têm vindo aqui”, conta, mas admite que a internet com o serviço de entrega já facilitou bastante as vendas.
Não só as mulheres, mas também o público masculino têm buscado melhorias nas relações, que às vezes já frias, ganham uma apimentada. Com clientes de 20 a 80 anos, a empresária Nayara Ligouri explica, “graças à abertura que a mídia tem dado com reportagens sobre os Sex Shops, as pessoas tem se preocupado em buscar a melhoria e a qualidade sexual nos seus relacionamentos. Com o atendimento personalizado, o cliente se sente confortável e a vontade, pois buscamos atender e a sugerir com atenção”.
De cosméticos com várias funções e tipos, artigos, bolinhas a lingeries, locação de livros e dvd’s, muitos fetiches e fantasias têm corrido soltos pelo ar...

PERFIL
Formada em Letras pela UESC e pós-graduada em Salvador em Gestão Escolar, a vontade de Nayara Ligouri sempre foi atuar no comércio. De professora a empresária, encontrou no Sex Shop um ramo exótico, cheio de irreverência e truques para apimentar a vida sexual de muita gente.

Fotógrafo Sandro Andrade


Um clique de elegância em seu casamento

Natural de Vila Velha – ES, Sandro Andrade antes de ser fotógrafo profissional especializado em casamentos, já era graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Espírito Santo. Através de um curso do Senac em 2001, o então contador descobriu na arte de fotografar um hobby eficaz que aliviava suas constantes tensões do trabalho, e ainda encontrava um bom instrumento de lazer. Mas o que um dia chegou a ser uma simples brincadeira, se transformou no início de outra profissão. Com a saúde prejudicada devido à insônia de noites perdidas, pela sobrecarga do trabalho, o médico receitou-lhe mudança imediata de função. Então, vindo para Ilhéus em 2008, trabalhou na região como fotógrafo na parte de assessoria política.
Hoje, Sandro Andrade possui um Studio profissional, e com um currículo bastante especializado em fotografia para casamentos e em stúdio, é o único membro na Bahia do disputado WPJA, Associação Internacional dos Fotógrafos de Fotojornalismo para Casamentos. No Brasil, ele é o 31º profissional selecionado e aceito pela Associação.
No maior congresso de fotografias do Brasil, o Wedding Brasil 2010, em São Paulo, Andrade participou de workshops ministrados por grandes nomes de profissionais em casamentos, como Evandro Rocha, Anderson Miranda e Rafael Fraga. Além disso, têm se qualificado cada vez mais em eventos e workshops da área em Minas Gerais, aqui na Bahia. Em um concurso fotográfico nacional, de três fotos inscritas, duas ficaram entre as cem primeiras.
Ao lado de sua esposa Juliana, Sandro Andrade faz a cobertura fotográfica de todo o matrimônio. Desde o pré-casamento, com fotos em stúdio e ensaios do casal em áreas externas, making off dos preparativos, a própria cerimônia matrimonial, festa, e agora a grande tendência nacional, que é o pós-casamento, conhecida como “trash the dress”.
Segundo Andrade, “somos contadores de histórias através de imagens fotográficas”. Sua esposa Juliana complementa, “o momento de dizer sim é breve, mas a escolha é eterna”. Por isso, trabalhar profissionalmente, com qualidade, em que o serviço de entrega é garantido, realmente faz toda a diferença quando se diz “sim”. Depois da cobertura fotográfica, o casal faz o agendamento de escolha das fotos, em que dentro de um mês o álbum é aprovado, e no prazo de 90 dias, é entregue encadernado.
O Stúdio Sandro Andrade também trabalha com fotos em stúdio para crianças e gestantes. Além disso, realiza cobertura de aniversários. Mas o foco é a cobertura de casamentos.

By Colors


Foco, Metas, Trabalho:
By Colors

Conheça a trajetória de uma empresa que superou desafios, agregou valores aos produtos e, hoje, estabelecida no mercado, é referência na região

Há quase 20 anos no mercado em Ilhéus, a By Colors é considerada referência no seguimento de chapéus e fardamentos. A empresária Carla Ourives se especializou no ramo e cada vez mais tem agregado valor aos produtos da marca, que atende empresas como multinacionais, resorts e empresas de fora. O que antes era apenas um simples hobby se transformou num empreendimento promissor.
“Sempre gostei muito de chapéus e bonés. Foi quando encontrei uma loja no Beach Park de Fortaleza, com uma grande variedade de produtos dessa linha. Então me interessei pela idéia”, relembra Ourives. Segundo conta, “no início foi muito difícil entrar no mercado, bater de loja em loja, de empresa em empresa, levei muito não. Mas com o profissionalismo, a qualidade, e o apoio de amigos, consegui”.
Inicialmente, a empresa produzia viseiras, chapéus coloridos do tipo EVA (borracha) e artigos de decoração para aniversários. Em seguida, a demanda aumentou, e bonés em tecido tipo tequitel e de microfibra tomou conta das produções By Colors.
Com mais de vinte modelos de chapéus, entre bonés, chapéus de trilha, náuticos, próprios para pescador, viseiras grandes etc, a empresa além de agregar a pintura de serigrafia e a criação de bordados nesses produtos, hoje investe em camisas e fardamentos personalizados, em tecido brim, para empresas - como empreiteiras e indústrias.
“A gente tem que ter metas, e através dessas metas o sonhos se transformam realmente em realidade. Agir com profissionalismo é fundamental para agregarmos mais valor aos nossos produtos e empresa”, conta Carla Ourives. Para ela, trabalhar com qualidade, é o segredo e diferencial para se sobressair no mercado. Na sua jornada profissional, a empresária destacou a busca de fazer algo diferente, original, conciliando com a afinidade no ramo e seu talento de criação.
É de se reconhecer e atribuir credibilidade a uma empresa que um dia, sua produção acontecia num ateliê em garagem, e hoje se consolidou com a confiança de seus clientes através de produtos de qualidade, confeccionados num amplo ambiente de produção.


PERFIL
Ilheense, formada em Inglês e Turismo pela Escola Anglo Continental da Inglaterra, Carla Ourives, chegou a atuar como intérprete no Aeroporto Internacional de Salvador, mas sua carreira estava predestinada a ser empresária, quando criou a By Colors em Ilhéus. Hoje, está graduando Direito na Faculdade de Ilhéus.

CICON


 No presente, construindo o futuro

O mercado da construção civil em Ilhéus aos poucos tem se expandido, e tem sido terreno positivo para atuação por profissionais de iniciativa. Foi o caso da família CICON, quando o empresário e diretor da construtora, Roque Lemos, superou desafios em 1998, momento em que oficializou o funcionamento do negócio. O resultado dessa jornada mostra hoje que valeu a pena. Além de 350 unidades distribuídas e entregues em oito prédios, a empreiteira reúne oito obras em construção, sendo três edifícios previstos para fevereiro de 2011, e este ano já inaugura mais três lançamentos, entre residências e pontos comerciais.

“Estamos nos certificando com o ISO 9001, para que a engrenagem funcione cada vez melhor, queremos entregar ao consumidor final um produto de alta qualidade”, afirma o diretor Rógere Lemos. Com a estrutura ampliada, o coração da empresa além da diretoria geral e comercial, se completa com a diretora financeira Vilma Lemos, e o chefe de produção, seu filho engenheiro Roque Lemos Júnior, ao lado dos colegas engenheiros Marco Souto, Marco Murta e Thaís Vieira. Ao todo são 13 funcionários administrativos e 292 no setor de obra.
“Trabalhamos para obter essa resposta muito positiva que temos hoje em Ilhéus e Itabuna”, explica o diretor. Esse resultado se deve a 12 anos de mercado, graças ao trabalho persistente da família que não se intimidou e superou desafios, e enxerga no futuro da região um horizonte promissor. Fortificada e mais conhecida, a CICON é destaque no mercado da construção civil da região, e estima para os próximos cinco anos o dobro do crescimento que teve em dez anos, o que reflete a expansão da empresa. “Quando o desenvolvimento vem, só sobrevive quem está preparado. Precisamos sair da defensiva, acabar com essa rotina de décadas, e partir ofensivos para esse novo ciclo”, explica Lemos.
O resultado das obras ao longo dos anos e a aprovação do público garantiram a conquista da credibilidade da empresa. Embora atendido a demanda do mercado de habitação popular, com 208 unidades a serem entregues no próximo ano, a construtora planeja com detalhes os próximos empreendimentos.
“Nosso principal objetivo é construir num molde altamente competitivo, de qualidade, aliando tecnologia, melhorias nos processos e prezando sempre a excelência, com o mais alto padrão em nossos prédios”, explica Rógere Lemos. Sobre o processo de mudança econômica da região, o diretor acrescenta, “a cidade só cresce com pessoas preparadas para acompanhar esse processo de desenvolvimento, é aí que devemos demonstrar nossas capacidades. Quando a gente se movimenta, atraímos coisas boas. É trabalho para todos, e todos crescem. O ciclo é muito grande, fazemos nossa parte”, concluiu.

Um novo conceito em educação: Colégio Ideal


Quando se pensa em didática, a imagem que se forma é a de um professor em sala de aula ministrando conteúdos “goela a baixo” para a classe. Com a modernidade, a Educação evidencia uma nova forma de ensino-aprendizagem, diferente dos métodos tradicionais. Há quatro anos, através do método Sócio-Interacionista sugerido pela Rede Pitágoras, o Colégio Ideal, com uma qualificada equipe de 35 professores, Serviço de Orientação Pedagógica/Psicológica e Coordenadoras comprometidas, atende do Maternal ao Ensino Médio, sob a gestão da Diretora e Professora Eliana Lang, que apresenta a Ilhéus um novo conceito de Educação: Escola-Empresa.
Há mais de 23 anos como educadora, a empresária Eliana Lang aplicou com irreverência seus conhecimentos em Gestão quando fundou o Colégio, desde a estrutura, organização e política de funcionamento do mesmo. O próprio slogan já mostra sua diretriz, “preparando empreendedores de valor”. Com um crescimento anual geral de 60% em números de alunos, tem como carro chefe a Educação Infantil (250%) e, já prevê nas matrículas antecipadas um crescimento de 120% em 2011.  Esse ritmo de desenvolvimento mostra o êxito da escola, que deve ser reestruturada nos próximos anos.
Valores como Respeito, Parceria, Responsabilidade e Criatividade são marcas de nascença do Colégio Ideal, desde fevereiro de 2007. Segundo a empresária, o foco é preparar o aluno e todos em sua volta para uma visão empreendedora. “Não focamos em vestibulandos reprodutores de conteúdo, e sim em empreendedores de aprendizagem. Logo, o resultado do vestibular é uma consequência e não um fim. Esse processo não adiantará se o aluno, futuramente, não souber utilizar certas ferramentas, fato que ocorre com muitos depois que concluem a faculdade”, explica a empresária.

O método
A metodologia Sócio-Interacionista mostra que o professor de ontem, deve ser o mediador de hoje, ou seja, “não é mais dando aula, é partilhando aula”, explica Eliana Lang. O conteúdo é socializado. O aluno constrói seu aprendizado ampliando sua cosmovisão integrada e inteirada ao grupo. Nesse método, o professor extrai o que os alunos sabem sobre o tema, conduz uma discussão, insere complementos e interage preenchendo as lacunas. A partir daí, o assunto pode ser sistematizado e padronizado com a revisão dos principais elementos. Para a diretora, o Sócio- Interacionismo não descarta antigas possibilidades, apenas as amplia.

3ª Série Ensino Médio 
Com seis aulas diárias, os alunos do Colégio Ideal da 3ª Série do Ensino Médio, também participam de simulados e provas de concorrências realizadas dentro da metodologia proposta, e tem sido aprovados em universidades como a UESC, UFBA e outras renomadas instituições do 3º grau. Com a avaliação das habilidades e competências do aluno em situações-problema no vestibular, “o sócio-interacionismo contribui para que o aluno amplie suas capacidades no processo de argumentação, associação e desenvolvimento crítico”, defende a empresária.

PERFIL
Graduada em Letras pela UESC (1999), a empresária Eliana Lang também é Especialista na área de Língua Estrangeira (TOEFL e IELTS) e Pós- Graduada em Gestão Empresarial e Marketing (FASB), tendo reconhecimento efetivo no Prêmio Realce Empresarial SEBRAE (2006), ferramentas que a impulsionaram para assumir este empreendimento, ampliando e mediando um novo conceito de escola.